
Sua posição de origem era a lateral-direita. "Quando cheguei em Santos, me diziam que eu corria mais que a bola" - lembra Lima. E quando começou a treinar com o plantel santista, alguns jogadores lhe disseram: "Calma garoto. Quem tem que correr é a bola, não você". Esta cadência no jogo possibilitou Lima a atuar como médio-volante e em outras posições. Também atuou como zagueiro e como atacante quando alguém se machucava. Só não jogou no gol.
Dos sete campeonatos paulistas que conquistou, Lima tem um carinho especial pelo primeiro em 1961, e dos mundiais de 1962/63 que considera os títulos mais importantes. "Quando encerrei minha carreira, somei meus títulos todos e deu um total de 37 na equipe do Santos". Segundo ele, a maior frustração da sua carreira, foi a eliminação da seleção brasileira na Copa de 1966. Mas conclui: "Tudo o que um atleta almeja dentro da sua carreira, dentro de uma equipe, eu consegui no Santos. Obtive minha independência financeira, montei minha família. E tenho como prêmio, hoje, poder transmitir para os mais jovens, através do meu trabalho nas categorias de base, tudo aquilo que um dia passaram para mim".
E para encerrar, um time... só de "Limas"??? Miragem?? Claro que não. Por sua versatilidade, Lima se multiplicava em campo. E nas diversas formações santistas ao longo de 10 anos em que atuou, dificilmente você verá Lima ocupando o mesmo lugar nos pôsteres. E como ele só não atuou no gol, pedimos o auxílio de Cejas neste time, goleiro do Santos nos anos 70.

Antônio Lima dos Santos nasceu em São Sebastião do Paraíso /MG, em 18/01/1942. Jogou no Santos no período de abril de 1961 a novembro de 1971. Em 696 jogos, fez 65 gols. Nossos parabéns pelos seus 70 anos, desejando vida longa ao nosso campeão, e aproveitando o ensejo para homenageá-lo no ano do centenário do Peixe, nesta série especial que estou fazendo para o Patativa.
Um comentário:
Excelente. Justa homenagem. Um coringa da mais pura estirpe.
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