
Com incentivo da prefeitura e empresários, o Assu ascendeu no cenário potiguar. Foi campeão estadual em 2009, conquistou vaga para a Copa do Brasil para o ano seguinte, e para o campeonato brasileiro da série D (desistindo da vaga, ficando com o Alecrim de Natal que passou para a série C).
Como o Assu jogou contra o Santos na Copa São Paulo e também como sou um curioso do futebol, fiz esta pesquisa para saber um pouco mais sobre o Camaleão do Vale. Apesar de sua breve história de sucesso, conquistando um título estadual com apenas sete anos de vida, sabemos da dura realidade que compõe a maior parte dos clubes do nordeste e do Brasil. E com o Assu não é diferente, com muitos jogadores franzinos, porém com muita vontade. Nestes momentos, até bate uma crise de consciência: "Como eu poderia torcer contra um time, composto por garotos de origens bastante humildes em sua maioria?" Sabe-se lá as dificuldades que muitos deles já passaram na vida ou ainda passam. Alguns, sequer conhecem a capital do estado, Natal. Mas é o outro lado do futebol, aquele que não chega nas vitrines. E um campeonato com 96 clubes (como é o caso da Copa São Paulo), acaba por transparecer esta faceta.
Claro que isto não é exclusividade dos clubes menores, pois muitos jogadores de grandes clubes também já passaram por dificuldades e possuem origens humildes. Mas um garoto que já está num Santos, ou Corinthians, terá mais chances de ascensão do aquele que está em algum time do interior do norteste. Mas esta é a realidade do nosso futebol, e do país.
Assu ou "açú" em tupi-guarani significa "grande". A cidade dista a pouco mais de 200 km de Natal e já foi capital da província nos tempos de colônia. Tem uma população em torno de 55 mil habitantes, e era o território dos índios janduís.
Homenagen do Patativa da Bola ao Camaleão do Vale, o aniversariante da próxima semana.
2 comentários:
Esse Assu é o time daquele goleiro quase anão? Tudo bem, vale pelo registro histórico e geográfico, mas, convenhamos, essa Copinha está uma esculhambação.
Passou pela Copinha? Nem vi.
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