Olá leitores!
Neste final de
semana em que as grandes homenageadas foram as mães houve muita ação
no campo do esporte a motor, e com certeza muitas se orgulharam do
trabalho feito pelos seus filhos… exceto, claro, as mães da cúpula
da Scuderia Ferrari, cujos filhos mais uma vez enfiaram os pés pelas
mãos.
Mais uma dobradinha
da Mercedes, dessa vez com Lewis Hamilton à frente de Valtteri
Bottas, indicando que existe grande possibilidade da temporada 2019
ser uma quase reprise de 1988, onde a McLaren só não ganhou todas
as provas do campeonato por conta da soberba. Descontando a largada,
Lewis e Valtteri não foram incomodados. Nem há muito o que
comentar, foram soberbos. O domínio foi tão grande que a corrida
foi a mais tediosa dos últimos tempos, tanto que na segunda metade
da prova estavam reprisando a largada...
Em 3º chegou Max
Verstappen, mais uma vez arrancando ótimo desempenho da sua Red Bull
Honda, motor ao qual não falta mais velocidade em reta e digo sem
pudor que atualmente o segundo melhor carro do grid é a Red Bull.
Comprovando a boa fase da equipe, seu companheiro Pierre Gasly chegou
em 6º lugar, conquistando importantes pontos para a equipe no
Mundial de Construtores.
Em 4º e 5 º
lugares chegou a dupla da Ilha de Lost, digo, Ferrari… Sebastian
Vettel e Charles Leclerc fizeram o possível com a mais desordenada
equipe Ferrari desde as temporadas de 1992 e 1993. A equipe está uma
caricatura do que foi há 2 anos atrás.
Em 7º terminou
Kevin Magnussen, com o seu Haas Ferrari bem acertado para a pista e
obtendo o melhor resultado entre as equipes do segundo pelotão. Seu
companheiro Romain Grosjean também pontuou, terminando a corrida em
10º lugar. Grande resultado para a equipe estadunidense.
Em 8º chegou o
herói local, Carlos Sainz Jr., com seu McLaren apresentando nítida
evolução no desempenho em relação às últimas temporadas. Quem
sabe em 2020 possam voltar a brigar por pódio… seu companheiro
Lando Norris (19º) abandonou a corrida após superestimar a
capacidade de Lance Stroll e tentar fazer o Esse lado a lado com o
canadense. Deu certo na primeira perna, claro que não deu certo na
segunda… faz parte do aprendizado.
Em 9º lugar mais um
carro com motor Honda, a Toro Rosso de Daniil Kvyat, que foi
prejudicado na entrada do safety-car provocada por Norris e Stroll
por conta da equipe não ter os pneus prontos para troca quando
chegou… era para ter terminado em 7º, logo atrás de Gasly. Seu
companheiro, Alex Albon, foi 11º colocado após uma corrida bem
interessante e sem erros da parte dele (sim, também foi prejudicado
no pit lane…).
Próxima corrida
será em Mônaco, e vamos esperar para ver como a Ferrari vai
atrapalhar a vida do monegasco Leclerc… esse ano temos 2 grandes
certezas: a que ao final da vida morreremos e que a Ferrari vai
enfiar os pés pelas mãos em algum momento.
Nem só de Fórmula
1 vive o ser humano… ou o Principado de Mônaco, cujas ruas
receberam (em traçado mais curto, utilizando apenas a “parte
baixa” do traçado da F-1) a Fórmula E para aquela que talvez
tenha sido a corrida mais interessante da temporada. Antes de mais
nada, gostaria de mencionar o “pé frio” da emissora que
transmite a categoria no Brasil: calhou deste sábado ser dia
decisivo no Campeonato Alemão, e os dois canais da emissora se
voltaram ao futebol… até devido ao fato que (fora a vitória do di
Grassi no México) os brasileiros não vinham fazendo uma grande
temporada na categoria e as provas com o carro de 2ª geração não
estarem muito interessantes, e o resultado foi que a corrida foi
transmitida via aplicativo. Pois bem, na segunda pista mais larga do
campeonato a corrida foi muito interessante e o Felipe Massa
conquistou seu primeiro pódio na categoria. Murphy jamais se engana…
a propósito, a pista de Mônaco ser a segunda mais larga mostra o
quâo perdidos estão os gestores da categoria no quesito “escolha
de traçado de pista urbana”. Nada, rigorosamente nada, contra
pista de rua, desde que sejam pistas DE RUA. Algumas pistas onde a
categoria vai correr são estreitas o suficiente para serem
consideradas pistas de viela, de travessa, de alameda… de nada
adianta levar o espetáculo para perto do público se a pista não
tem largura para os pilotos efetuarem ultrapassagens. Quem levou a
melhor foi Jean-Éric Vergne, que aproveitou de forma magistral o
fato de largar na pole position para ser o primeiro piloto na
temporada 2018/2019 a vencer 2 vezes. Foi seguido pelo competente
Oliver Rowland, que perdeu a pole por conta daquelas punições
randômicas da categoria, e o pódio ficou completo com o já
mencionado Felipe Massa, que fez boa classificação e boa corrida em
uma pista que ao menos 2/3 ele já conhecia. Lucas di Grassi, que
estava no meio do “pelotão do tiroteio”, levou a pior em uma
dividida de posição com Alexander Sims e abandonou a prova.
Também tivemos
Brasil no pódio na categoria preliminar da F-E, e em dose dupla: não
apenas Cacá Bueno venceu a prova do Jaguar i-Pace eTrophy como seu
companheiro de equipe Sérgio Jimenez chegou em 2º lugar, seguidos
do (por enquanto…) líder do campeonato Bryan Sellers, que está
apenas 1 ponto à frente de Jimenez na classificação geral.
Parabéns a Cacá e Sérgio!!!
E após a etapa da
Argentina o WRC foi para outro país latino, aproveitando o
deslocamento para a América do Sul: o primeiro Rali do Chile (sim,
poderia ser no Brasil, mas… vocês sabem tão bem quanto eu que
automobilismo deve ser a última prioridade esportiva em terras
tabajaras). Em uma etapa “virgem”, já que ninguém tinha
anotações prévias de nenhuma especial, o talento de Sébastien
Loeb (Hyundai) voltou a aparecer, e ele andou o tempo todo entre os
ponteiros. O campeonato trocou de liderança graças à vitória de
Ott Tänak (Toyota) conquistada com uma pilotagem “faca nos dentes”
e ao espetacular acidente de Thierry Neuville (Hyundai) no sábado,
onde piloto e navegador sofreram apenas hematomas mas o carro deu
perda total… podem continuar a temporada com outro chassi, esse não
vai conseguir outro destino que não o ferro velho. Ao menos tivemos
a certeza da segurança e da ótima qualidade de construção da
gaiola de proteção do carro. As imagens foram assustadoras. Em 2º
lugar chegou Sébastien Ogier (Citroën), que é o novo líder da
pontuação e em 3º terminou a lenda Sébastien Loeb, em seu
primeiro pódio após o retorno à categoria para fazer algumas
provas.
Também tivemos
WTCR, no travado porém interessante Slovakia Ring (confesso que o
traçado me lembra uma mistura de Pocono com Brasília, se fosse
possível misturar os dois) para mais 3 corridas cheias de emoção.
A primeira prova (aquela realizada no sábado) teve a vitória do
Frédéric Vervisch (Audi) após largar em 9º lugar, com o lindo
Alfa Romeo de Ma Qinghua (espero que a grafia seja essa mesma…) em
2º e Norbert Michelisz (Hyundai) em 3º lugar. Augusto Farfus
(Hyundai) saiu de 19º para um bom 8º lugar na corrida. Na primeira
corrida do domingo o domínio foi argentino: vitória de Nestor
Girolami (Honda) seguido de Esteban Guerrieri (Honda) em 2º lugar,
acompanhados de Kevin Ceccon (Alfa Romeo) em 3º lugar. Augusto
Farfus não pontuou. A última prova do final de semana foi um
retorno às boas lembranças do passado, com 2 carros da Alfa Romeo
no pódio: vitória de Ma Qinghua e 3º lugar para Kevin Ceccon, com
o Hyundai de Michelisz em 2º lugar. Nesta prova Farfus terminou em
7º lugar, após batalhar na escalada de posições novamente.
No sábado os norte
americanos foram brindados com algo pouco usual para eles: uma
corrida de Indy em Indianapolis… que não parou por causa da chuva.
OK, foi no traçado misto usado para MotoGP e F-1 no passado, mas
ainda assim deve ter dado nó na cabeça de alguns fãs mais antigos
da categoria. Prova interessante, começando no seco e com a chuva
chegando após poucas voltas da largada, e prosseguindo com
diferentes intensidades até a bandeirada final. Quem se deu bem
nessas condições climáticas foi Simon Pagenaud (Penske), que
aproveitou sua habilidade no molhado para deixar Scott Dixon
(Ganassi) para trás já no final da corrida, com o garoto Jack
Harvey conquistando seu primeiro pódio e também o primeiro pódio
da equipe Meyer Shank na Indy (os caras são bons no IMSA, mas ainda
não tinham conseguido bom desempenho nos monopostos) com um ótimo
3º lugar. E não ficou aí: em 4º lugar, sem melhor resultado até
agora, chegou o brasileiro Matheus Leist, com o fraco carro da Foyt.
Ainda bem que ele salvou as honras do Brasil, pois os experientes
Tony Kanaan e Hélio Castroneves (em seu retorno especial pra
categoria para as 2 corridas de Indianapolis) tiveram que se
contentar com o 20º e o 21º lugares, respectivamente, 2 voltas
atrás dos líderes. Hélio conseguiu a proeza de rodar no piso
molhado… após colocar pneus de chuva. No comments…
A NASCAR foi até
Kansas City para mais uma corrida em oval de 1,5 milha, e foi a vez
de Brad Keselowski mostrar que nesse tipo de pista ele é dos
melhores que existe, conquistando a vitória já na prorrogação do
final da prova. Em que pese Kevin Harvick ter vencido o 1º segmento
e Chase Elliott o 2º, ao final a estrela do piloto da Penske brilhou
mais forte. Foi seguido por Alex Bowman em 2º lugar, que conseguiu
talvez o melhor resultado da Chevrolet na temporada, por Erik Jones –
que dessa vez foi bem melhor que seus experientes companheiros de Joe
Gibbs Racing – em 3º lugar, por Chase Elliott em 4º lugar e
fechando o Top-5 chegou Clint Bowyer, que já na prorrogação
ultrapassou Jimmie Johnson, que terminou em 6º.
Até a próxima!
Alexandre Bianchini
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