segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Reta final: Maior loteria impossível.

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E o campeonato brasileiro está na reta de chegada. Na verdade ainda não é uma reta, uma curva mais fechada para a esquerda, depois outra para a direita. Além disso, temos o tempo chuvoso, pistas molhadas. Como eu disse num dos meus últimos textos por aqui, o campeonato iria ficar divertido apenas nos dez jogos finais. Agora falta pouco; tirando o jogo atrasado do Santos e Botafogo; restaram apenas oito jogos dessa longa e cansativa maratona.

Os grupos estão mais ou menos definidos; e as centenas de jogos só serviram para definição daqueles que brigam pelo título, pela Libertadores e contra o rebaixamento. Existe um subgrupo, que é da tal sulamericana, mas é um dos grupos que não causa grande euforia para a maioria dos jogadores, nem torcedores. A impressa tenta, mas não há meio de dizer que a competição é razoável. Talvez se torne uma competição agradável, como um genérico da grande competição da América do Sul. Por enquanto representa pouco para os brasileiros.

A briga por títulos ainda é indefinida. Considerando os números, temos pelo menos seis times com reais chances de ser campeão. Na verdade esse número é maior, visto a improbabilidade dos resultados dos times nesse segundo turno. Numa divisão imaginária, podemos dizer que: Botafogo, Corinthians, Vasco, Flamengo, Fluminense, São Paulo e Internacional podem chegar ao título. Os quatro cariocas e o Corinthians são os que possuem maiores chances.

Podemos dizer que a participação paulista nesse Cariocão-Misto 2011 é regular. São Paulo mesmo com os altos e baixos não está totalmente descartado. A queda do técnico talvez seja um item motivador para o time, principalmente se vier o trabalho do interino mais tampão do futebol brasileiro. Não creio que o São Paulo contrate um treinador de ponta, restando apenas oito jogos para o final do ano. A verdade é que muitos descontentes conseguiram derrubar o treinador (sejam esses descontentes jogadores, torcedores e dirigentes).

Do outro lado o Corinthians, que de uma campanha explosiva do começo do campeonato, passou a ser caminhão desgovernado e sem freio na ladeira; perdendo muitos pontos durante a competição; até a retomada das rédeas, numa campanha agora regular. E na verdade muito irregular, jogando muito mal e ganhando (contra o Cruzeiro) e jogando muito bem e perdendo (contra o Botafogo). Enfim, o Corinthians não difere de mais da metade dos times que estão jogando o brasileirão.

Descobrir quem pode ser campeão é uma tarefa complicada, dificílima e complexa. A primeira etapa dessa análise e olhar para os confrontos de cada time, somando quantos pontos esses clubes podem somar, e com que condições enfretará seus adversários (se são confrontos diretos, briga para sair do rebaixamento ou pela Libertadores). E não dá para dizer que a tabela favorece esse ou aquele clube: a lógica dos resultados é o caos das previsões.

Mas uma coisa nós não podemos negar. Apesar dos jogos fracos desse campeonato, a briga pelo título acontece de uma forma incomum a maioria das competições pelo resto do mundo. O planeta não deve ter muitas competições nacionais com seis ou sete times brigando pelo título restando apenas oito rodadas. A briga não é entre os melhores, mas os que perdem menos oportunidades. E do jeito que as coisas andam acontecendo, ninguém vai brigar pelo título, já que parece, mesmo que de forma subliminar, ninguém quer se campeão desse brasileiro.

Será que estamos valorizando tanto a Libertadores deixando a competição nacional em segundo plano?!

Um comentário:

Cesar Augusto disse...

Realmente essa foi uma maratona. Maratona de jogos, ruins, em grande parte, mas, quero acreditar que teremos um final emocionante, na última rodada. Como nem Palmeiras, nem Santos e nem São Paulo estarão nessa reta final, não estará descartada a boa e já tradicional malinha. Vamos aguardar. Aposto no Botafogo.