segunda-feira, 9 de março de 2015

Vâmo bate panela, vê se o gigante acorda!

Vâmo bate panela, que a dispensa tá vazia!
Vâmo bate panela, vê se o gigante acorda
Vâmo bate panela, amanhã é outro dia!
Vâmo bate panela, que eu já num “güento” a freguesia!

Estou aqui de panela em punho pronto pra engrossar, junto com outros tantos milhões, o Bloco dos Descontentes. É claro que não falo do “panelito” que dizem ter ocorrido, ontem, durante o pronunciamento presidencial, mas sim, à derrota do São Paulo FC, no clássico Majestoso, contra um desinteressado Corinthians, em pleno Morumbi.

Não é só pela derrota, em casa, contra o rival. Não é só porque foi a segunda derrota no ano para o mesmo rival. Não é só porque o time não joga bem. Não é só porque o adversário nem precisa jogar bem pra ganhar. É por tudo isso e muito mais, porra!

É chegada a hora de o gigante acordar. E nem precisa ser tão gigante assim. Basta o Paulo Henrique Ganso, o Luis Fabiano, o Rogério Ceni e o técnico Muricy Ramalho acordarem para a coisa toda melhorar um pouco. Sim, hoje, vou “panelar” somente contra os medalhões.

O PH Ganso, que em outras temporadas tinha lá seus lampejos de genialidade, nesse ano de 2015 optou por um estilo “ph neutro”. Nem ácido nem alcalino, nem craque nem cabeça de bagre. Entra em campo e ninguém percebe. Se sair de campo, ninguém sentirá falta, tal a sua prostração criativa. Assistir o PH Ganso jogar, para mim, é quase como ouvir um disco da Adele. Eu sei que tem talento ali, sei que a produção é caprichosa, sei que a crítica aplaude, mas, é chato pra cacete!

Tenho saudades do Luis Fabiano que ameaçava largar tudo, abandonar o clube, assinar com o Corinthians. Se for por falta de adeus, não se faça de rogado. Não quero ser injusto com aquele que é um dos maiores goleadores da história do São Paulo, mas, convenhamos, o Luis Fabiano atual produz muito pouco em campo e, se ele não suporta o fato de amargar um banco de reservas, talvez, esteja na hora de marcar o seu jogo de despedida.

Eu prometi, dentre as minhas resoluções para o ano de 2015, não criticar de maneira muito dura o Rogério Ceni. Entendo o significado do ídolo para as novas gerações de são paulinos, respeito a sua trajetória no clube, mas, sinceramente não sei se aguentarei por muito tempo essa turnê de despedida do Rogério Ceni. Se fosse apenas pelo gol defensável que tomou, vá lá, tudo bem. Mas, perder um pênalti (de novo) num jogo como o de ontem é um crime inafiançável. E nem me venha com essa história de que “só perde pênalti quem bate”. Bom batedor de pênalti nem fala isso.

E, por fim, Muricy! Poucas pessoas no futebol brasileiro atual merecem tanto o meu respeito quanto Muricy Ramalho. Como torcedor, reconheço o tricampeonato brasileiro como o maior feito esportivo que um clube futebol brasileiro já conquistou, dadas as dificuldades que envolvem ganhar três campeonatos seguidos, mas, já de algum tempo, o time vem jogando mal, sem padrão de jogo e, durante as partidas, o treinador não tem conseguido reverter a situação. Eu sei que um técnico como o Muricy sempre vai ter algumas rodadas de crédito, mas, se o time não ganhar o Paulista e não avançar, pelo menos, até às quartas de final da Libertadores, acho que a página Muricy precisa ser virada da história do São Paulo.

E nem é só por isto tudo, mas, também por todo o resto que o São Paulo FC não tem feito nos últimos anos e que parece que não vai fazer nessa temporada.

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