Vâmo bate panela,
que a dispensa tá vazia!
Vâmo bate panela, vê
se o gigante acorda
Vâmo bate panela,
amanhã é outro dia!
Vâmo bate panela, que
eu já num “güento” a freguesia!
Estou aqui de panela em
punho pronto pra engrossar, junto com outros tantos milhões, o Bloco
dos Descontentes. É claro que não falo do “panelito” que dizem
ter ocorrido, ontem, durante o pronunciamento presidencial, mas sim,
à derrota do São Paulo FC, no clássico Majestoso, contra um
desinteressado Corinthians, em pleno Morumbi.
Não é só pela
derrota, em casa, contra o rival. Não é só porque foi a segunda
derrota no ano para o mesmo rival. Não é só porque o time não
joga bem. Não é só porque o adversário nem precisa jogar bem pra
ganhar. É por tudo isso e muito mais, porra!
É chegada a hora de o
gigante acordar. E nem precisa ser tão gigante assim. Basta o Paulo
Henrique Ganso, o Luis Fabiano, o Rogério Ceni e o técnico Muricy
Ramalho acordarem para a coisa toda melhorar um pouco. Sim, hoje, vou
“panelar” somente contra os medalhões.
O PH Ganso, que em
outras temporadas tinha lá seus lampejos de genialidade, nesse ano
de 2015 optou por um estilo “ph neutro”. Nem ácido nem alcalino,
nem craque nem cabeça de bagre. Entra em campo e ninguém percebe.
Se sair de campo, ninguém sentirá falta, tal a sua prostração
criativa. Assistir o PH Ganso jogar, para mim, é quase como ouvir um
disco da Adele. Eu sei que tem talento ali, sei que a produção é
caprichosa, sei que a crítica aplaude, mas, é chato pra cacete!
Tenho saudades do Luis
Fabiano que ameaçava largar tudo, abandonar o clube, assinar com o
Corinthians. Se for por falta de adeus, não se faça de rogado. Não
quero ser injusto com aquele que é um dos maiores goleadores da
história do São Paulo, mas, convenhamos, o Luis Fabiano atual
produz muito pouco em campo e, se ele não suporta o fato de amargar
um banco de reservas, talvez, esteja na hora de marcar o seu jogo de
despedida.
Eu prometi, dentre as
minhas resoluções para o ano de 2015, não criticar de maneira
muito dura o Rogério Ceni. Entendo o significado do ídolo para as
novas gerações de são paulinos, respeito a sua trajetória no
clube, mas, sinceramente não sei se aguentarei por muito tempo essa
turnê de despedida do Rogério Ceni. Se fosse apenas pelo gol
defensável que tomou, vá lá, tudo bem. Mas, perder um pênalti (de
novo) num jogo como o de ontem é um crime inafiançável. E nem me
venha com essa história de que “só perde pênalti quem bate”.
Bom batedor de pênalti nem fala isso.
E, por fim, Muricy!
Poucas pessoas no futebol brasileiro atual merecem tanto o meu
respeito quanto Muricy Ramalho. Como torcedor, reconheço o
tricampeonato brasileiro como o maior feito esportivo que um clube
futebol brasileiro já conquistou, dadas as dificuldades que envolvem
ganhar três campeonatos seguidos, mas, já de algum tempo, o time
vem jogando mal, sem padrão de jogo e, durante as partidas, o
treinador não tem conseguido reverter a situação. Eu sei que um
técnico como o Muricy sempre vai ter algumas rodadas de crédito,
mas, se o time não ganhar o Paulista e não avançar, pelo menos,
até às quartas de final da Libertadores, acho que a página Muricy
precisa ser virada da história do São Paulo.
E nem é só por isto
tudo, mas, também por todo o resto que o São Paulo FC não tem
feito nos últimos anos e que parece que não vai fazer nessa
temporada.
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