domingo, 2 de novembro de 2014

O que fizeram?




O que anda acontecendo com a Lusa? Ou talvez a pergunta mais correta seria: O que fizeram com a Lusa? Portuguesa de Djalma Santos, Jair da Costa, Enéas, Dener e por que não Rodrigo Fabri? Dizem que até um certo Julinho Botelho passou por lá (que me perdoem os lusitanos pois minha especialidade é outro clube que joga na baixada).



Portuguesa sempre tradicional, nas principais páginas do nosso futebol, como esta capa do principal veículo esportivo dos anos 60, mais precisamente datado de julho de 1961. Em questão os jogadores Nilson (em pé) Jair da Costa (agachado no lado esquerdo e principal astro) e Silvio. Mas a Lusa se apequenou nos últimos anos. Cada vez menos espaço na mídia, menos falada. Não se modernizou, não inovou, não revelou. O eterno “pensar pequeno” dos dirigentes que passam pela Lusa. O resultado, muito pior que uma série B, é a terceira divisão do futebol brasileiro. Terrível, principalmente levando-se em consideração que o futebol da primeira divisão também não anda lá estas coisas. "O menos pior será o campeão brasileiro", é o que se tem comentado.

O que mais preocupa é quando um clube vive uma crise institucional como é o caso da Lusa. Clubes grandes no passado, como o famoso América/RJ com alguns ilustres torcedores como o saudoso Tim Maia, o jornalista José Trajano, além do outro América, o mineiro, e o Guarani de Campinas o caso mais recente. Citando três de grandes centros. Triste saber que a Portuguesa está trilhando o mesmo caminho.

A proposta de alguns dirigentes para tirar a Lusa do fundo do poço seria a construção de uma arena multiuso, no próprio Canindé. Derrubar o velho e construir um novo. Mas quem se habilitaria? O que fazer com uma dívida estimada em R$100 milhões?

Torcedor lusitano, se há uma luz no fim do túnel ou uma dose de otimismo, talvez sirva de exemplo uma experiência que vivenciei como torcedor. Meu time estava quebrado nos anos 80, e assim como a Lusa, tinha apenas como patrimônio um estádio velho caindo aos pedaços. Torcida indo embora, apenas algumas “viúvas” como diziam. Sem dinheiro no cofre, sem dinheiro para montar um bom time. A solução começou com o investimento em categorias de base, a partir da construção de dois CTs. Parece pouco, mas deu um substancial resultado. E o que vem depois, é lucro (também no sentido literal da palavra). Com mais lucro, investe-se em mais estrutura, e por aí vai.

Embora pareça simples, não é fácil. Ainda mais no estágio (ou no estado) em que se encontra a Lusa. Primeiro tirar as traças, fazer uma bela de uma limpeza. Mudar a mentalidade de dirigentes que pensam pequeno e lucram com a venda de uma incipiente ou mediana revelação. E não vai nada para o clube, ficando ainda mais pobre.

Mentalidade amadora que ainda infiltra-se em nossos clubes. Uns mais, outro menos. Uns aguentam mais, recebem mais dinheiro da TV, etc, caem e sobem. Mas a gloriosa Associação Portuguesa de Desportos, parece não padecer da mesma sorte e também não tem o STJD e a CBF a seu favor.







2 comentários:

Arthur Simone disse...

É triste, Marião... o pior é que ninguem me convence do contrario, a Lusa VENDEU a vaga pra Serie A para o Fluminense... A situação foi esdruxula demais...

Mario disse...

Não duvido nada, Arthur... Talvez falte gente que goste do clube.