segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Pós-eleitoral.

Fim das eleições, fim do período eleitoral. Vivenciamos as eleições mais disputadas dos últimos anos e com maiores discussões entre as “torcidas” adversárias. Isto mesmo. Houve discussões, entre novos e velhos conceitos, entre o limpo e o sujo, mas poucas ideias e assuntos construtivos. Pouca novidade. Conceitos pouco formulados, se sobrepondo a qualquer debate racional. A conclusão que tiro disto é que, mesmo após 30 anos, nossa democracia ainda está em processo de amadurecimento ou construção. Neste período o futebol ficou em segundo plano. Num Palmeiras x Corinthians o tema vertente foi Dilma x Aécio, PSDB x PT, ou até modos de produção em “debate”. Bom seria, mas contanto se estes temas políticos também fossem desprovidos de “paixões”.

Nosso editor perguntou-me sobre o porquê da escassez de postagens no nosso blog. Respondi que me faltava inspiração para tal. O que move o futebol é a paixão. E como a paixão é volúvel, às vezes “brigamos” com nossos clubes de coração. Ando meio divorciado com o futebol, desquitado com meu time. Como uma moça bonita que perdeu seu encanto e já não desperta tanto interesse. Pensei que apenas eu estava padecendo deste mal, mas um santista do meu serviço me disse que tem acompanhado pouco os jogos do Santos. “Você viu como foi?”  Eu respondi que também não havia visto os gols da última rodada (como não vi até escrever este post).


A paixão continua, mas a libido despencou. E como torcedor de um clube grande (lá vai meu instinto passional novamente), não consigo acompanhar um campeonato em que ainda na metade do ano (apesar de já estar chegando novembro), você sabe que seu time não tem chances de ser campeão. Uma pela fórmula limitadora de disputa – que poda qualquer tipo de esperança -  e outra pela própria condição do seu time. Ficar vendo a festa dos outros, durante dois ou três meses, não dá.

Vaga na Libertadores ou Sulamericana, estes para mim, não são motivos para a conquista da audiência. A vaga para estes torneios não garante nada, nem sequer prestígio, apenas uma receita melhor para os clubes. E para o torcedor, o que importa é o caneco e a chance de poder disputá-lo.

E não sei também se isto incentiva os jogadores. Acredito que não. Muitos nem sabem se vão continuar no clube ano que vem. Um sintoma disto é a própria oscilação do Santos, que quando parece que vai chegar ao G4, acaba dando uma escorregada. O principal objetivo mesmo, não será mais alcançado; não há tanto motivo assim para sujar o calção.

Torço para que este meu desquite termine logo. Vai depender do poder de conquista que o futebol e principalmente o meu clube poderá exercer. Mas com esta fórmula, confesso que fica difícil. Você ama, mas está querendo um pouco de distância, “dar um tempo”. Cansado de disputas por “vagas”. O que vale, é a faixa no peito.


Quarta-feira o Santos enfrenta o “quase virtual campeão brasileiro”, pelas semifinais da Copa do Brasil. Torcida pelo empate e tentar a sorte em casa. Sofrimento à vista pelas limitações e pela dificuldade em se jogar fora. Última esperança para os santistas conquistarem algo este ano. E no final do ano, também tem eleições no clube. Tentaremos fazer um suco para o próximo post com estes temas.



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