quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Não quero amanhecer com a sua matemática quando a noite foi de química.



Acabo de ler, surpreso,  aqui, no Portal do Terra que o matemático Tristão Garcia confere ao São Paulo FC apenas 8% de chances de levantar o caneco do Brasileirão. Que me perdoe o matemático, não vou discutir os números, as fórmulas, a estatística, mesmo porque esse blogueiro ainda faz contas simples do dia a dia, nos dedos, feito criança, mas, 8% é muito pouco para o time que assisti jogar na segunda feira a noite.

O time de segunda feira jogou em altíssimo nível, com um futebol solto, de toque de bola. Nada comparado ao já mítico “Muricybol”, como é chamada a forma como o técnico Muricy Ramalho costuma montar as suas equipes, com marcação forte, saída em contra-atraques pelas laterais, cruzamentos na área e um atacante de referência à frente. Não o time da noite de segunda feira jogou como manda a tradição do São Paulo Futebol Clube, o estilo que eu aprendi a torcer e a admirar.

Nada de jogar só no erro do adversário, essa mesquinharia de jogar por uma bola. O São Paulo que enfrentou o Goiás, na segunda feira, jogou, sim, como protagonista. Com o apoio da torcida (em plena segundona pós eleições), dominou o time goiano com trocas de passes rápidos, marcação forte e movimentação intensa no meio de campo e ataque. Michel Bastos fez uma partida irretocável. Denílson, surpreendentemente, jogou em alto nível. Souza não comprometeu e, ainda, marcou muito. Ganso não precisou mostrar muito. Talvez esse seja a problema. Quero um Ganso versão 90 minutos e não somente o Ganso de melhores momentos. O Kardec, que caiu em nosso colo nessa temporada, mostra, jogo após jogo que é um senhor atacante.

Em alguns momentos do jogo, principalmente, no início do segundo tempo tive a ilusão de estar assistindo a um jogo do Bayern de Munique, esse do Guardiola, vestindo a camisa tricolor, tal era a lucidez de nosso ataque. Um time assim, meu caro Tristão, não é time de 8%. Afinal, estamos somente cinco pontos atrás do líder e com sete pelejas pela frente. Dá tempo, pô! E digo mais; se o Tricolor jogar como na segunda a noite e ganhar os próximos três jogos, contra Criciúma (fora), Vitória (fora) e Palmeiras (casa), independentemente dos resultados do Cruzeiro, seremos campeões! Pode anotar!

Em tempo, parabéns ao Rogério Ceni que se tornou o jogador com mais vitórias por um clube em toda história do futebol.Independente do mérito esportivo do recorde, medalha, placa e diploma nunca é demais.  Parabéns, Capitão!


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