No último dia 26 de agosto, se ainda estivesse entre nós, o Mestre Telê Santana completaria 80 anos de idade. Nos últimos dias li textos de dezenas de jornalistas que lembraram de momentos, títulos, frases e jogos do Sêo Telê e pensei no que mais eu poderia escrever, acrescentar, a respeito daquele que foi a maior personalidade do futebol brasileiro que eu pude acompanhar. Pensei que não seria possível escrever nada além do que os outros já tinham escrito.
A inspiração veio ontem à noite, enquanto assistia ao sofrível Atlético(MG) X Fluminense. Coincidentemente dois clubes que marcaram a trajetória do Mestre. O primeiro, foi o clube com o qual levantou o seu primeiro título brasileiro e o segundo o clube no qual suou a camisa nos seus tempos de jogador. Tinha tudo para ser um baita encontro festivo numa data especial para todos os fãs de futebol, mas, não foi bem isso o que aconteceu.
Foi um match clássico do campeonato brasileiro atual; muita disposição, muita transpiração, muita correria, muita aplicação tática, muitas faltas, muitos erros de passe e de finalização. Inspiração, que é bom, nada!
Lembrei na hora do Mestre, talvez o único dentre os treinadores brasileiros com expertise suficiente para ostentar tal título, pois, era o único que realmente ensinava os seus jogadores. O jogo bonito só pode ser jogado se todos os jogadores tiverem o compromisso com a excelência, com a perfeição. Não é o drible desnecessário, a firula, a pedalada, mas sim, o passe preciso, o arremate certeiro, o cruzamento que parece ter sido teleguiado diretamente para a fronte do atacante, é o desarme limpo, na bola. Esse é o jogo bonito. Não adianta os professores de hoje em dia, de fala rebuscada, encherem a lingüiça do torcedor com termos como “equilíbrio”, “protagonismo”, “eficiência”, etc.., se os jogadores, em campo, sequer conseguem acertar um passe de cinco metros.
Com o Mestre, a história era diferente. O importante é jogar bem, melhor que o adversário. Se todos os jogadores entrassem em campo com esse mesmo objetivo, pouco importaria o placar ao final do jogo. O torcedor poderia entristecer-se com a derrota, mas, ao final, teríamos um jogo memorável. Uma experiência única que seria lembrada por muitos anos. Quantos jogadores medíocres tornaram-se bons jogadores sob a batuta do Mestre? Muitos. É claro que sempre haverá alguém para reclamar da derrota da Seleção em 1982 e 1986. Mas, querem saber? Taí mais uma prova da distinção do trabalho do Mestre. Todos lembram daqueles times, dos jogos e jogadores, entretanto, raramente alguém vai lembrar de algum jogo da Copa de 1994, além do pênalti do Baggio, ou então da Copa de 2002. Com o perdão do saudosismo, o futebol brasileiro carece de um Mestre como Telê Santana. Bons tempos.
A inspiração veio ontem à noite, enquanto assistia ao sofrível Atlético(MG) X Fluminense. Coincidentemente dois clubes que marcaram a trajetória do Mestre. O primeiro, foi o clube com o qual levantou o seu primeiro título brasileiro e o segundo o clube no qual suou a camisa nos seus tempos de jogador. Tinha tudo para ser um baita encontro festivo numa data especial para todos os fãs de futebol, mas, não foi bem isso o que aconteceu.
Foi um match clássico do campeonato brasileiro atual; muita disposição, muita transpiração, muita correria, muita aplicação tática, muitas faltas, muitos erros de passe e de finalização. Inspiração, que é bom, nada!
Lembrei na hora do Mestre, talvez o único dentre os treinadores brasileiros com expertise suficiente para ostentar tal título, pois, era o único que realmente ensinava os seus jogadores. O jogo bonito só pode ser jogado se todos os jogadores tiverem o compromisso com a excelência, com a perfeição. Não é o drible desnecessário, a firula, a pedalada, mas sim, o passe preciso, o arremate certeiro, o cruzamento que parece ter sido teleguiado diretamente para a fronte do atacante, é o desarme limpo, na bola. Esse é o jogo bonito. Não adianta os professores de hoje em dia, de fala rebuscada, encherem a lingüiça do torcedor com termos como “equilíbrio”, “protagonismo”, “eficiência”, etc.., se os jogadores, em campo, sequer conseguem acertar um passe de cinco metros.
Com o Mestre, a história era diferente. O importante é jogar bem, melhor que o adversário. Se todos os jogadores entrassem em campo com esse mesmo objetivo, pouco importaria o placar ao final do jogo. O torcedor poderia entristecer-se com a derrota, mas, ao final, teríamos um jogo memorável. Uma experiência única que seria lembrada por muitos anos. Quantos jogadores medíocres tornaram-se bons jogadores sob a batuta do Mestre? Muitos. É claro que sempre haverá alguém para reclamar da derrota da Seleção em 1982 e 1986. Mas, querem saber? Taí mais uma prova da distinção do trabalho do Mestre. Todos lembram daqueles times, dos jogos e jogadores, entretanto, raramente alguém vai lembrar de algum jogo da Copa de 1994, além do pênalti do Baggio, ou então da Copa de 2002. Com o perdão do saudosismo, o futebol brasileiro carece de um Mestre como Telê Santana. Bons tempos.
2 comentários:
Já que comentamos sobre educação esportiva no post do Sérgio, Telê Santana também se preocupava com a formação do jogador. E como disse: jogadores médios viravam "craques".
Telê Santana é daquelas personalidades que deixam mesmo saudades.
Não tem como falar do Telê sem falar no futebol bonito, não é mesmo? Aquela seleção brasileira é "a morte do futebol arte" para os pequenos; e "a vida do futebol-arte" para os grandes!!
Postar um comentário