
Não iria falar sobre a “taça das bolinhas”, mas como é um assunto que está causando grandes e variadas opiniões, decidi deixar a minha por aqui também. Não que minha opinião seja importante, e pior ainda: a taça mesmo não tem essa importância toda que estão criando. Se tudo tivesse acontecido na época do Lula, com certeza a presidência já teria se manifestado a favor deste ou daquele (visto o número de eleitores, quer dizer torcedores; é bem possível que fosse favorável ao Flamengo).
Para quem não sabe da história, e não está com a menor vontade de procurar sobre o assunto, lá vai o resumo: a Taça das Bolinhas foi criado para ser entregue ao primeiro Pentacampeão brasileiro. Flamengo seria esse primeiro pentacampeão se considerássemos o campeonato de 87 organizado pelo clube dos 13 (Copa União) enquanto a CBF organizava o Campeonato Brasileiro. Até então essa competição não era considerada oficial pela CBF, portanto São Paulo adquiriu o direito da Taça das Bolinhas em 2007.
Só que, como anda acontecendo coisas estranhas na CBF, principalmente com essa tendência de reorganizar a história, ou fazer a justiça com os times; alguns títulos que eram uma coisa passaram a ser outra; assim por diante. Santos e Palmeiras ganharam “campeonatos brasileiros” de baciada; até mesmo o Palmeiras sendo campeão brasileiro duas vezes no mesmo ano: um absurdo, mas passou e todo mundo aplaudiu.
É claro que deve haver algum motivo subliminar (para não dizer político e financeiro) no fato do Flamengo ser considerado campeão brasileiro somente agora. Até ai tudo bem, era só mudar os papiros burocráticos da organização do futebol; e pagar para alguém mudar o site da instituição. Mas acontece que com a chancela da CBF, Flamengo se sentiu no direito de pedir também a preciosa “Taça das Bolinhas”. É claro que essa taça muda toda a história do futebol. Como um time como o Flamengo, ou São Paulo; puderam existir tanto tempo sem essa taça?
Por experiência própria, a dor da falta de algumas outras taças é mais dolorosa. Corinthians não ter uma Libertadores é sim um caso de polícia. Mas a briga de galo entre os dirigentes paulistas e cariocas, foge um pouco o bom senso. Seria muito mais interessante que ambos destruíssem essa tal taça e fizessem duas, sendo entregues na primeira partida entre as duas equipes no brasileirão. Tirar essa bobagem de primeiro penta para taça para os penta. Mas preferem ser “pentelhos” do quê “pentas”.
A “taça das bolinhas” bota outra discussão em jogo: a articulação do clube dos 13. Outra informação importante: não se ouve falar desses caras o ano inteiro, aparecendo somente quando vão discutir a “transmissão dos jogos”. Será que eles servem apenas para isso? Para discutirem contratos com as grandes redes? Será que esse grupo apóia a CBF na elaboração de um Campeonato Brasileiro mais interessante? Afina de contas, o que essa “taça” e o “clube dos 13” influenciam nossas vidas cotidianas, de torcedores?
Absolutamente nada.
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Imagem: globo.com
3 comentários:
Esta taça das bolinhas já virou bijouteria.
Minha proposta é que retirem as bolinhas da taça, pegue-se um estilingue e faça-se um revezamento: uma bolinha na Patrícia, outra no Presidente JuJu, uma bolinha na Patrícia, outra no Presidente JuJu, e assim por diante até a última bolinha.
Tacinha feia do inferno...
Que saco essa taça! Ficam falando sobre isso o tempo todo, perdendo o precioso tempo da televisão e do rádio com o que não interessa...
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