Casa da Mãe Joana.

Parece que o sonho da tríplice coroa acabou ontem para o Peixe. Santos e Internacional parecem ter morridos abraçados com o empate de 1x1 no Beira-Rio. Acredito que a eliminação peixeira aconteceu mesmo na vergonhosa derrota para o Grêmio Prudente em plena Vila Belmiro, no aniversário do Rei Pelé. Por isso, o que aconteceu ontem em Porto Alegre não irá alterar a sorte do campeonato.

Mas neste jogo surgiu uma novidade, que acho que seja inédita na história do futebol. Pela primeira vez, o chamado quarto árbitro teve um peso decisivo na partida. Até então, este árbitro não tinha nenhuma interferência sobre o que ocorria dentro das quatro linhas. Mas ontem este árbitro anulou o que seria o gol santista no primeiro tempo, dizendo ao árbitro principal que a bola não havia entrado na cabeçada de Edu Dracena, e com o colorado Nei salvando "quase" em cima da linha. Foi um lance digamos, mais ou menos difícil, ou seja, daqueles que acabam valendo quando é para o time da casa. Se fosse um lance do Inter, provavelmente seria gol, além deste quarto árbitro ser gaúcho, portanto, 50% de chances de ser um simpatizante colorado.

Como disse, não adianta chorar, pois não foi este jogo que eliminou o Santos. Mas o torcedor ou o próprio Santos Futebol Clube merece um esclarecimento da CBF ou da Fifa. O que é sabido até agora, é que o quarto árbitro não tinha poder de decisão numa partida. Mas neste caso teve. E a arbitragem deste jogo me fez lembrar a famosa casa da figura acima. Sem contar no pênalti escandaloso do Kléber sobre o Neymar, abraçando o santista dentro da área. Mas como o Neymar já está com o "selo" de jogador cai-cai e dissimulado, não se marca quando a infração é verdadeira.

De agora em diante é saber se esta nova "regra" passará a valer, sendo pra mim uma novidade, na qual o quarto árbitro tem o poder de decidir uma partida e até o de dar entrevistas. Se isto prevalecer, vai ter ainda muita chiadeira no futebol.