quarta-feira, 26 de julho de 2017

Diário de Maratonista (Reflexões pré-prova - 11º de 20

Vem domingo. A maratona está se aproximando. E o leitor deve estar levantando as mãos aos céus para agradecer o fato de não ter mais de ler sobre essa novela da SP City Marathon. Parecem aquelas novelas mexicanas do SBT. Não acabam nunca. Calma, falta pouco. Semana que vem faço um post resumindo a coisa toda e voltamos à programação normal. Pode ser?

Bom, diferentemente da frente fria da semana passada, essa semana o sol, o calor e a baixa umidade relativa do ar estão dando o tom. Ainda é cedo pra prever o que vai acontecer no domingo. Até agora a previsão do tempo é de clima frio na largada (11º C) e manhã ensolarada de clima ameno no restante da prova (máxima de 20º C). Apesar da seca das últimas semanas, a umidade relativa do ar, ao que tudo indica, não será um fator relevante na corrida.

A temperatura é algo a ser pensado pelo corredor na hora de traçar a sua estratégia de prova. Influencia tanto na escolha do vestuário quanto na escolha das paradas para hidratação. A SP City Marathon terá postos de hidratação a cada 3km, mas isso não quer dizer que o corredor tenha que beber água só porque está a disposição. O importante é saber quanto de líquido é perdido e repor somente isso. A hiper hidratação é tão perigosa quanto a desidratação. Água demais também faz mal.

No meu caso, sei que perco entre 250ml a 350ml de líquido por hora de corrida. Assim, tento equilibrar a minha estratégia para que eu beba um copo d’água por hora ou a cada 10 ou 11km, acompanhado de um sachê de gel carboidrato. Só isso? Sim, amigos, só isso. O restante da água eu utilizo, eventualmente, pra molhar a cabeça, dar um alívio, um frescor, muito mais psicológico do que físico.

Beber água demais diminui a concentração do sódio no organismo, que já está reduzido pela sudorese. É a principal causa de hiponatremia entre os corredores, podendo transformar a corrida numa visita indesejável ao hospital. Tem que tomar cuidado, principalmente em provas longas. Saber diferenciar o que é sede do que é cansaço é fundamental. Às vezes, estamos fadigados, passamos por um posto de hidratação achando que um gole de água fará alguma diferença, quando, na verdade, pode prejudicar se o nível de sódio no organismo já estiver baixo.


Pretendo, também, comer a alimentação servida pela organização da prova durante o percurso. Uma banana, duas balas energéticas não pesarão no estômago e nem farão mal, principalmente, no meu caso que largarei vindo de um jejum de 08 horas. A estratégia de hidratação, alimentação, ritmo de prova, tudo isso é importante, afinal, passaremos aproximadamente, 04 horas focados em um único objetivo – cruzar a linha de chegada. Anteontem mesmo estava assistindo ao Canal Corredores no Youtube e, em meio a tantas piadinhas e galhofas entre os apresentadores alguém disse algo que valeu o dia e que eu resumo assim: - Por pior que seja a sua estratégia de corrida ela será melhor do que não ter estratégia alguma.

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