terça-feira, 18 de julho de 2017

Diário de Maratonista (Reflexões pré-prova - 7º dia de 20)

Algumas pessoas se surpreendem com a rotina diária de um corredor, principalmente, quando se trata do horário dedicado aos treinos. Eu, particularmente, gosto de treinar nas primeiras horas do dia. Desconheço se o treino matinal proporciona maiores benefícios em relação ao treino vespertino ou noturno. Não sei. Acho que é mais uma questão de gosto mesmo.
Coloco a atividade física como o meu primeiro compromisso no dia. Sair da cama e já  entrar em atividade, correr, transpirar, contrair os músculos, parece preparar melhor o meu corpo para os desafios que o dia reserva. E, também, ajuda a eliminar aquele sono insistente das primeiras horas. Se eu treino bem durante a manhã, é um prenúncio de um dia produtivo no trabalho, nos estudos na vida social.
Além do gosto pessoal, tem uma questão bem objetiva e prática: eu trabalho todos os dias, como a maioria das pessoas, assim, para não chegar atrasado aos compromissos profissionais e nem precarizar o meu treino, preciso acordar cedo para conseguir completar o treino previsto e, ainda, cumprir a minha agenda profissional. Ser atleta amador tem dessas coisas!
 Poderia treinar, à noite, após o trabalho? Claro que sim, mas já tentei e não gostei do resultado. No final do dia o cansaço começa a fazer a diferença e o meu nível de energia fica muito baixo. Após o por do sol, até consigo ler um livro, assistir a um filme ou escrever um post pro blog, mas, não tenho condições de correr forte ou fazer uma sessão de musculação. Sou um corredor do dia.
E como faz nas manhãs mais frias? Acordo do mesmo jeito e vou treinar. Não é bem disciplina. É mais uma convicção de que a recompensa vale esse esforço. Mas, afinal, que recompensa é essa? Bom, no meu caso, a recompensa é viver uma vida plena, longe dos excessos e da letargia de um passado recente, uma vida mais ativa, mais conectada com a natureza e com as pessoas. Eu não preciso correr, não o faço por nenhuma recomendação médica e nem para impressionar ninguém, mas todas as manhãs em que decido levantar, calçar os tênis e sair para correr, sei que estou tomando a melhor decisão e, quando corro pelas ruas ou parques, sinto-me o senhor de minhas ações.


    

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