Eis a pergunta que não quer
calar. A pergunta que quase todo corredor faz no início dos seus treinamentos
e, quando não faz, pensa a respeito, principalmente no final do ano, com a
chegada das festas de confraternização e com as altas temperaturas do nosso
verão tropical. Afinal, pra praticar a corrida eu preciso parar de beber? Pela
minha experiência pessoal, a resposta é um sonoro D E P E N D E!
Depende do tipo de corredor que
você pretende ser e, principalmente, o tipo de bebedor que você é. Se você
pretende correr apenas para manter o condicionamento físico ou para adquirir
uma melhora na sua qualidade de vida, uns golinhos não farão mal. Pelo
contrário, se a bebida for consumida com moderação e estiver associada ao
convívio de amigos, numa animada conversa, não há malefício algum. - Vamos
considerar aqui consumo moderado aquele que não te trará problemas na blitz do
bafômetro.
Agora, se você é um bebedor
moderado, mas, pretende correr provas longas (meias maratonas, maratonas e
ultras) ou baixar o tempo em alguma distância, talvez seja melhor recusar os
convites para o “happy hour” nas noites anteriores aos treinos mais importantes
(treino de velocidade e o treino longo) e, principalmente, na noite anterior à
corrida. Hum, esse negócio de corrida ficou chato? Então, tudo bem, pode beber
uma latinha de cerveja na noite anterior, é capaz que a bebida relaxe, ajude a combater
a ansiedade pré prova e até permita uma noite de sono mais proveitosa.
Se você é o tipo de bebedor que
costuma “enfiar o pé na jaca”, talvez a corrida não seja o melhor esporte para
o seu estilo de vida. Falo por experiência própria. Por quase dez anos, fui um
corredor moderado e um bebedor de alto rendimento e as piores experiências de
corrida que eu tive foram causadas pelo consumo exagerado de álcool na véspera
da competição. Fadiga precoce, mal estar intestinal, tonturas, entre outros
sintomas que tornaram a atividade física um verdadeiro martírio. Não aconselho. Então, resumindo, se a festa com
os amigos estava boa na noite anterior, não há porque estraga-la com uma
corrida na manhã seguinte. Durma, descanse, coma e beba bem (água) e deixe o
treino pra outro dia.
SPRINTS DA SEMANA:
Sargento Gonzaguinha: no último
domingo corri a 50ª Corrida Sargento Gonzaguinha, que é uma prova de 15 km, preparatória
para a São Silvestre. Pretendia utilizar essa corrida como uma espécie de treino
longo, mantendo um ritmo tranquilo de 5 minutos e 30 segundos (5’30”) por
quilometro, o que daria um tempo total de 1h 23 min. Pra minha surpresa,
cheguei ao nono quilometro super bem, sem qualquer desconforto, nem parecia que
tinha corrido. Percurso plano, sem muito desafio técnico, temperatura
agradável. Uma beleza! Acabei jogando a minha programação de corrida no lixo,
aumentei a frequência de passadas, ultrapassei um caminhão de gente e cruzei a
linha de chegada com 1h 17min. Com sobras e feliz da vida. Moral da estória: Corrida é movimento,
não dá pra ficar preso às planilhas.
Playlist: ainda no domingo, tive
o prazer de assistir ao show “Violoz”, do Paulinho Moska, no Sesc Santana.
Nesse show ele revisita os maiores sucessos da carreira, tocando 05
diferentes instrumentos de corda. Nada de banda ou músicos de apoio. Violão e
voz. Daí o nome Violoz. Não conhecia muito bem o trabalho do Paulinho Moska até
comprar os ingressos para o show. Mas, desde então, já baixei músicas e comprei
CD. De quebra ainda pesquei uma música do artista para a minha playlist de
treinos de corrida.
Aumenta o som: https://www.youtube.com/watch?v=NhTdmE14vZg
Corrida tem tudo a ver com
recomeço, pois, mesmo que um treino ou uma corrida pareçam semelhantes, pra
gente, que corre, é sempre uma experiência nova, diferente.
Tudo novo de novo pra todos nós!
Até!
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