segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Beber, correr e cantar


Eis a pergunta que não quer calar. A pergunta que quase todo corredor faz no início dos seus treinamentos e, quando não faz, pensa a respeito, principalmente no final do ano, com a chegada das festas de confraternização e com as altas temperaturas do nosso verão tropical. Afinal, pra praticar a corrida eu preciso parar de beber? Pela minha experiência pessoal, a resposta é um sonoro D E P E N D E!


Depende do tipo de corredor que você pretende ser e, principalmente, o tipo de bebedor que você é. Se você pretende correr apenas para manter o condicionamento físico ou para adquirir uma melhora na sua qualidade de vida, uns golinhos não farão mal. Pelo contrário, se a bebida for consumida com moderação e estiver associada ao convívio de amigos, numa animada conversa, não há malefício algum. -  Vamos considerar aqui consumo moderado aquele que não te trará problemas na blitz do bafômetro.


Agora, se você é um bebedor moderado, mas, pretende correr provas longas (meias maratonas, maratonas e ultras) ou baixar o tempo em alguma distância, talvez seja melhor recusar os convites para o “happy hour” nas noites anteriores aos treinos mais importantes (treino de velocidade e o treino longo) e, principalmente, na noite anterior à corrida. Hum, esse negócio de corrida ficou chato? Então, tudo bem, pode beber uma latinha de cerveja na noite anterior, é capaz que a bebida relaxe, ajude a combater a ansiedade pré prova e até permita uma noite de sono mais proveitosa.


Se você é o tipo de bebedor que costuma “enfiar o pé na jaca”, talvez a corrida não seja o melhor esporte para o seu estilo de vida. Falo por experiência própria. Por quase dez anos, fui um corredor moderado e um bebedor de alto rendimento e as piores experiências de corrida que eu tive foram causadas pelo consumo exagerado de álcool na véspera da competição. Fadiga precoce, mal estar intestinal, tonturas, entre outros sintomas que tornaram a atividade física um verdadeiro martírio. Não aconselho. Então, resumindo, se a festa com os amigos estava boa na noite anterior, não há porque estraga-la com uma corrida na manhã seguinte. Durma, descanse, coma e beba bem (água) e deixe o treino pra outro dia.



SPRINTS DA SEMANA:

Sargento Gonzaguinha: no último domingo corri a 50ª Corrida Sargento Gonzaguinha, que é uma prova de 15 km, preparatória para a São Silvestre. Pretendia utilizar essa corrida como uma espécie de treino longo, mantendo um ritmo tranquilo de 5 minutos e 30 segundos (5’30”) por quilometro, o que daria um tempo total de 1h 23 min. Pra minha surpresa, cheguei ao nono quilometro super bem, sem qualquer desconforto, nem parecia que tinha corrido. Percurso plano, sem muito desafio técnico, temperatura agradável. Uma beleza! Acabei jogando a minha programação de corrida no lixo, aumentei a frequência de passadas, ultrapassei um caminhão de gente e cruzei a linha de chegada com 1h 17min. Com sobras e feliz da vida. Moral da estória: Corrida é movimento, não dá pra ficar preso às planilhas.

Playlist: ainda no domingo, tive o prazer de assistir ao show “Violoz”, do Paulinho Moska, no Sesc Santana. Nesse show ele revisita os maiores sucessos da carreira, tocando 05 diferentes instrumentos de corda. Nada de banda ou músicos de apoio. Violão e voz. Daí o nome Violoz. Não conhecia muito bem o trabalho do Paulinho Moska até comprar os ingressos para o show. Mas, desde então, já baixei músicas e comprei CD. De quebra ainda pesquei uma música do artista para a minha playlist de treinos de corrida.


Corrida tem tudo a ver com recomeço, pois, mesmo que um treino ou uma corrida pareçam semelhantes, pra gente, que corre, é sempre uma experiência nova, diferente.

Tudo novo de novo pra todos nós!

Até!




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