Prestes a entrar
em campo depois da estreia pela seleção, Tite mostra que estamos no caminho
certo. Pelo menos essa é a euforia causa depois da vitória por 3 X 0 contra a
seleção do Equador. Tudo bem que a seleção equatoriana tem lá seus defeitos,
mas não era de se esperar uma apresentação tão boa. Também é verdade que essa
euforia toda é coisa típica do torcedor brasileiro, que sai do céu e vai para o
inferno em pouco mais de duas postagens. Resta saber o quanto Tite tem os pés
no chão e quanto a primeira apresentação não irá atrapalhar o resto do
trabalho.
Tudo começou uma
semana antes do jogo de estreia, quando foi liberara a lista de jogadores. E
vamos ser sinceros, se a lista fosse divulgada pelo Dunga como técnico, seria
uma enxurrada de críticas, de nariz torcido e uma má vontade daquelas. Não era
para menos. Bom, como a relação era do Tite, até mesmo os nomes mais
discutíveis vinham com uma observação quase unânime: Se o Tite escolheu, deve
ter suas razões. Ou ainda, se Tite escolheu, deve saber tirar o melhor do
jogador. Tudo isso é uma verdade, parece que a confiança em Tite lhe dá aval
até mesmo quando a coisa parece totalmente incerta e absurda.
Por exemplo,
Paulinho. De uma maneira geral todos os jogadores da geração 7 x 1 estão estigmatizados
como perdedores, uma vergonha para o futebol brasileiro; coisa do gênero.
Paulinho não foi convocado em nenhuma das oportunidades depois da Copa do
Mundo. Não era nem lembrado pelos torcedores, cronistas e palpiteiros. Tite
achou o jogador escondido na China, onde podemos dizer que temos um futebol que
quer se tornar competitivo, mas de longe é um exemplo de preparação. Paulinho,
assim, como aqueles que jogam na China, eram nomes improváveis para uma seleção
que pretende recuperar o futebol brasileiro. Ele veio, jogou; titular absoluto.
Com essa ideia,
Tite quer montar uma espinha dorsal de sua seleção, e quando estiver seguro
disso; preencherá o campo da maneira que ele acha ideal. Esse preenchimento
criativo não será difícil, tem a chance de dois ou três nomes que são jogadores
excelentes. Gabriel Jesus mostrou isso, Neymar jogou melhor sem a pressão da
faixa de capitão; Marcelo mostrou que pode sim ser um lateral indiscutível. Há
muito ainda que se trabalhar, mas a verdade é que ali podemos ver uma seleção
treinada, coisa que não vimos nem nos bons jogos do Felipão.
Assim, podemos
dizer que Tite está o caminho certo, pois venceu o primeiro jogo. Mas, se
levarmos em consideração que Felipão e Dunga tiveram boas estreias, temos que pensar
na possibilidade de mudança de planos até o final de ano. Embora acredite que,
pela correção, capacidade e seriedade; a seleção brasileira tem uma situação
muito melhor com o novo treinador. Há esperança de melhora, de um futebol mais
seguro; um trabalho mais consistente. Será que tudo mudou? Longe disso, temos
ainda problemas sérios na estrutura do futebol brasileiro. Mas uma coisa é
certa: é bem melhor um treinador como Tite tomando conta das coisas pertinentes
ao futebol de dentro de campo.
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