Copa América Centenário, Eurocopa
2016. Duas competições que só ficam atrás da Copa do Mundo, maior torneio de
seleções do planeta. Campeões mundiais profissionais só nestes dois
continentes, por enquanto.
Acompanhei os dois torneios, um
pouco mais a Copa América, principalmente pela facilidade do horário com os
jogos à noite. Eurocopa, nos fins de semana. Gostei da Copa América, e sua
organização teve o devido respeito que o torneio de seleções mais antigo do
mundo merece na terra do soccer.
Pela primeira vez, a Copa América
teve um “ar” de Copa do Mundo, com os melhores estádios que o Tio Sam
disponibilizou para o evento, e lotados na sua maioria, lembrando a Copa de
1994. Dentro de campo também achei que não decepcionou, bons jogos,
independente da condição técnica de algumas equipes, mas com equipes se
esforçando para buscar o gol. Decepções ficaram por conta do Uruguai, maior
campeão da competição, mas que não conseguiu mostrar nada dentro de campo; e
também o Brasil, com aquela velha falta de comprometimento das estrelas
internacionais. Parece que a era Dunga acabou de vez. Gostei do Chile com bom
jogo coletivo e que encarou a Argentina, mostrando que seu título em casa não
foi apenas uma “fatalidade”. Messi ficou mais uma vez, e o peso cai sobre o maior
jogador do time e do mundo. A tendência agora é que a Copa América seja pan-americana,
o que seria excelente para a competição e que poderia trazer mais patrocinadores e elevar a organização.
Já a Eurocopa foi uma decepção. O
número de seleções aumentou, mas parece que o nível técnico caiu. Em termos de
festa foi bom; apareceu uma Islândia de pouca expressão no futebol e um País de
Gales que não conseguia algum destaque desde 1958, na Copa da Suécia. Show das
torcidas. Dentro de campo, nenhuma inovação e a regra foi a de não levar gol.
1x0 foi tratado como goleada. A Alemanha, depois dos 7x1, mostrou pouca coisa,
vivendo ainda uma ressaca pós-Copa; Espanha, com sua brilhante geração chegando
ao fim; e a Itália ainda pensando em jogar pra frente, até mostrou uma certa
ofensividade e até tinha um “Pellè” no escrete. O time da casa, a França, apenas um bom
futebol contra equipes de menor expressão. Tirou uma Alemanha, que como disse,
pouco inspirada.
A final, entre França x Portugal,
também foi bem razoável. O time da casa não se impôs como se esperava e não
aproveitou a ausência de Cristiano Ronaldo que se contundiu no início da
partida. Jogou pra sofrer poucos riscos, e vencer de 1x0. Mas como quem não
arrisca, não petisca, o tempo foi passando e o desespero francês aumentando. E
levou o gol no momento fatal da partida, de Eder, com um bom tiro de fora da
área. Portugal campeão.
Nenhuma equipe destoou nesta
competição. O título poderia ter ficado com qualquer uma: Alemanha, Itália,
França e acabou ficando com Portugal, que tem o maior jogador europeu da
atualidade. Um feito que o grande Eusébio não conseguira com sua seleção,
apesar de ter transformado o Benfica numa máquina. O portugueses irão se
lembrar para sempre deste título, os islandeses e gauleses se lembrarão da
festa, mas nenhuma seleção pra tirar foto, emoldurar, e colocar na parede.
Entre Copa América e Eurocopa,
fico com o torneio do nosso continente sem nenhum corporativismo. O jogos pelo menos foram mais empolgantes e
resultados imprevisíveis como o 7x0 do Chile sobre o México. No campeonato europeu, o gol continuou a ser
apenas um detalhe.
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