segunda-feira, 11 de julho de 2016

Copa América x Eurocopa.

Copa América Centenário, Eurocopa 2016. Duas competições que só ficam atrás da Copa do Mundo, maior torneio de seleções do planeta. Campeões mundiais profissionais só nestes dois continentes, por enquanto.

Acompanhei os dois torneios, um pouco mais a Copa América, principalmente pela facilidade do horário com os jogos à noite. Eurocopa, nos fins de semana. Gostei da Copa América, e sua organização teve o devido respeito que o torneio de seleções mais antigo do mundo merece na terra do soccer.

Pela primeira vez, a Copa América teve um “ar” de Copa do Mundo, com os melhores estádios que o Tio Sam disponibilizou para o evento, e lotados na sua maioria, lembrando a Copa de 1994. Dentro de campo também achei que não decepcionou, bons jogos, independente da condição técnica de algumas equipes, mas com equipes se esforçando para buscar o gol. Decepções ficaram por conta do Uruguai, maior campeão da competição, mas que não conseguiu mostrar nada dentro de campo; e também o Brasil, com aquela velha falta de comprometimento das estrelas internacionais. Parece que a era Dunga acabou de vez. Gostei do Chile com bom jogo coletivo e que encarou a Argentina, mostrando que seu título em casa não foi apenas uma “fatalidade”. Messi ficou mais uma vez, e o peso cai sobre o maior jogador do time e do mundo. A tendência agora é que a Copa América seja pan-americana, o que seria excelente para a competição e que poderia trazer mais patrocinadores e elevar a organização.

Já a Eurocopa foi uma decepção. O número de seleções aumentou, mas parece que o nível técnico caiu. Em termos de festa foi bom; apareceu uma Islândia de pouca expressão no futebol e um País de Gales que não conseguia algum destaque desde 1958, na Copa da Suécia. Show das torcidas. Dentro de campo, nenhuma inovação e a regra foi a de não levar gol. 1x0 foi tratado como goleada. A Alemanha, depois dos 7x1, mostrou pouca coisa, vivendo ainda uma ressaca pós-Copa; Espanha, com sua brilhante geração chegando ao fim; e a Itália ainda pensando em jogar pra frente, até mostrou uma certa ofensividade e até tinha um “Pellè” no escrete.  O time da casa, a França, apenas um bom futebol contra equipes de menor expressão. Tirou uma Alemanha, que como disse, pouco inspirada.

A final, entre França x Portugal, também foi bem razoável. O time da casa não se impôs como se esperava e não aproveitou a ausência de Cristiano Ronaldo que se contundiu no início da partida. Jogou pra sofrer poucos riscos, e vencer de 1x0. Mas como quem não arrisca, não petisca, o tempo foi passando e o desespero francês aumentando. E levou o gol no momento fatal da partida, de Eder,  com um bom tiro de fora da área. Portugal campeão.

Nenhuma equipe destoou nesta competição. O título poderia ter ficado com qualquer uma: Alemanha, Itália, França e acabou ficando com Portugal, que tem o maior jogador europeu da atualidade. Um feito que o grande Eusébio não conseguira com sua seleção, apesar de ter transformado o Benfica numa máquina. O portugueses irão se lembrar para sempre deste título, os islandeses e gauleses se lembrarão da festa, mas nenhuma seleção pra tirar foto,  emoldurar, e colocar na parede.


Entre Copa América e Eurocopa, fico com o torneio do nosso continente sem nenhum corporativismo. O jogos  pelo menos foram mais empolgantes e resultados imprevisíveis como o 7x0 do Chile sobre o México.  No campeonato europeu, o gol continuou a ser apenas um detalhe.




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