Olá leitores!
Este ano posso afirmar com toda a certeza: o grande problema
dessa edição do GP da China foi o fuso horário desfavorável aos brasileiros
(para o europeu foi às 6 ou 7 da manhã, sem grandes problemas), pois a corrida
em si, e descontando a corrida solitária feita pelo Nico Rosberg após o estouro
do pneu do Ricciardo (que largada!!!), tanto que de vez em quando a TV lembrava
que ele estava na pista e o mostrava dando volta em cima de alguma Sauber
(ops...), foi bastante interessante. Até mostrou que existe vida no mundo das
ultrapassagens sem utilização da asa móvel, com algumas belas manobras sendo
executadas no miolo da pista. No geral, gostei, acima da média das corridas da
temporada do ano passado e MUITO superior à médias das corridas nessa mesma
pista.
Vitória tranquila do Rosberg, como já citado no parágrafo de
abertura. Quando herdou a liderança por conta da explosão do pneu do
australiano, não foi mais seriamente ameaçado, nem na relargada após a bandeira
amarela para limpar detritos. Uma das vitórias mais fáceis que ele teve,
certamente. Seu companheiro Hamilton (7º), por sua vez, não teve vida fácil: após
largar em último, logo na primeira volta danificou sua asa dianteira em um
toque com Nasr (que está sofrendo muito com a carroça da Sauber) e reclamou a
corrida inteira de falta de equilíbrio no carro. Não vai ser um domingo do qual
ele queira se lembrar.
Em 2º chegou Vettel, que por um lado pilotou muito bem e por
outro reclamou no melhor estilo Alonso por conta de um incidente de corrida,
coisa de largada: Kvyat achou uma brecha pelo lado de dentro da curva, colocou
o bico do carro ali, e quando o alemão viu, tirou o carro para o outro lado
para não bater no russo, só que ali estava o Räikkönen, e os dois se tocaram.
Ele perdeu tempo para chegar aos boxes com o bico quebrado, e pelo ritmo geral
poderia ter dificultado um pouco a vida do Rosberg caso não acontecesse a
quebra do bico. Mas enfim, o “se” não entra no jogo, afinal “se” minha tia
fosse homem não seria minha tia, seria meu tio. Após a relargada fez uma bela sequência
de ultrapassagens, e podemos dizer que foi um dos destaques da corrida, seja
pelo bem (as ultrapassagens e o desmpenho geral) ou pelo mal (o chilique com o Kvyat
no fim da prova e as reclamações pelo rádio). Seu companheiro Räikkönen (5º)
estava um pouco chateado com o resultado da corrida, afinal o toque o levou
para último lugar, mas deve-se reconhecer que fez um belo trabalho de
pilotagem.
Em 3º e 4º chegou a dupla da Red Bull, respectivamente Kvyat
e Ricciardo. Fazia tempo que não via a Red Bull andando tão bem, e isso em uma
pista que tem uma reta de 1300m, onde a falta de cavalaria do motor Renault é
um problema. Mas a equipe fez um ótimo trabalho, e estou na expectativa das
pistas mais travadas, onde eles devem em teoria andar melhor ainda. Realmente,
esse domingo foi só de elogios para os rubrotaurinos.
Em 6º apareceu um – para mim – surpreendente Felipe Massa.
Ele rema contra o carro desse ano, nitidamente inferior ao do ano passado, mas
o que me chamou a atenção foi a combatividade demonstrada por ele. Lembrou o
Massa de antes da molada. O modo como ele se defendeu do Hamilton foi de encher
os olhos. Bom saber que o alinhamento planetário dele se deu em um dia de corrida...
seu companheiro Bottas (10º) gostou do carro com pneus macios e não gostou com
os médios. Sim, havia a opção dos supermacios, mas é mais fácil acertar na
loteria que a Williams ousar um pouco mais na estratégia. O que ficou claro atá
agora é que o carro não gosta de pneus mais duros, o que pode ser um problema
em algumas pistas. Enfim...
8º e 9º mais uma dobradinha, dessa vez da Toro Rosso, pela
ordem Verstappen a Sainz Jr. (aliás, no meio da semana tivemos o aniversário do
Sainz pai, um dos maiores nomes do rali mundial, pé direito pesadíssimo e muita
habilidade ao volante), mais dois pilotos que no meio da corrida certamente se
divertiram muito com as disputas de posição. Não conseguiram muitos pontos, mas
na frente deles apenas tinham carros de equipes melhores, o que significa que
fizeram o melhor trabalho possível nas circunstâncias da prova. Gostaria de ver
esses dois pilotos com equipamento melhor, brigando na ponta.
Próxima corrida em 2 semanas, GP da Rússia em Sochi. Acho meio
arriscado corrida na Rússia perto do fim do inverno, mas Titio Bernie deve ter
tido seus motivo$$$$ para isso. Não me espantarei com temperatura ambiente na hora
da corrida por volta dos 10°C.
Até a próxima!
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