Quanto vale para ver Pelé? Quanto valeria pagar, deixando o
clubismo de lado ou as diferenças?
Em 20/02/1973 em Cartum, capital do Sudão, 65.000 pessoas
puderam ver o rei do futebol pela bagatela de US$ 1,00. Na verdade havia muito
mais gente do que o Estádio Nacional de Cartum comportava, estimado em 45.000, muita gente se
espremendo na beira do gramado, e 10.000 fora do estádio.
País mergulhado em guerra civil, após dominação egípcia e
britânica (países então aliados), com suas diferenças étnicas e religiosas, mas
como sempre, o esporte conseguindo dar uma trégua, pelo menos por um dia.
Podia-se jogar por um dólar, não ter direito de imagem, e
enfrentar os mais diferentes tipos de adversidades: Em pouco mais de um mês
nesta excursão que o clube fizera em 1973, o Santos antes já havia passado
pelos campos de areia da Arábia Saudita, Kwait, Bahrein (naquele tempo os campos
dos sheiks não eram a maravilha que são hoje) passando pelo semiárido africano
para depois encerrar a excursão com neve na fria Nuremberg. 12 países que tinhas como roteiro Austrália, Oriente Médio, África e Europa. Desgastes da viagem
à parte, coisa que se alega muito hoje em dia, já chegavam ao Brasil com o
campeonato em andamento e a bola rolando. Não tinha reclamação, choro ou
Iphone.
Ficha
técnica da partida:
20/02/1973 – Al-Hilal
Omdurman/SUD 0 x 1 Santos
Gol: Euzébio.
Local: Estádio Nacional de Cartum, no Sudão.
Competição: Amistoso
Público: 65.000 aproximadamente
Renda: US$ 55.000
Árbitro: Ahmed Gandil
Gol: Euzébio.
Local: Estádio Nacional de Cartum, no Sudão.
Competição: Amistoso
Público: 65.000 aproximadamente
Renda: US$ 55.000
Árbitro: Ahmed Gandil
Santos: Cláudio; Hermes,
Marinho Perez, Carlos Alberto e Zé Carlos; Léo Oliveira e Brecha; Jair da
Costa, Euzébio, Pelé (Alcindo) e Edu. Técnico: Pepe
Hilal: Zaghbeir; Moosa, Koka,
Kori e El Dab; Jaxa e Abdo; Izzedin, M. Houssein, Gagarin e Nagk.
Fotos da partida (ou da confraternização):
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