Evidente que o
título do campeonato brasileiro é uma credencial mais que respeitável no mundo
do futebol. Evidente também que os números mostrados pelo Corinthians
demonstram uma maturidade da equipe formada por Tite, tanto no aspecto tático,
técnico como emocional. É também verdade que a casa nova conquista a
desconfiança vai se calando e o time vai tomando formato de equipe tal qual
qualquer torcedor sonha.
Nos sonhos
mais distantes nunca se pensaria numa vitória contra o arquirrival São Paulo
com tamanha expressão. Ainda que elementos conhecidos por todos tenham
envolvido o clássico paulista, não dava para se imaginar um Corinthians tão
ganancioso e um São Paulo tão entregue. A goleada não mostrou a real condição
do clássico. A goleada seria maior. Conto no imaginário, desinibindo o “quase”
no argumento, pelo menos mais três gols alvinegros, defendidos pelo ótimo
goleiro tricolor.
Mas não é
sobre o São Paulo que eu quero falar, mas sobre o Corinthians. E o Corinthians
de exemplos brilhantes, a serem seguidos pelos outros clubes, como de exemplos
antiquados, que já deveriam ser abolidos do futebol. Um exemplo foi na entrega
da Taça, o presidente do clube erguê-la antes de entregar ao Ralf, capitão da
ocasião nobre. Presidente tem que aparecer nos bastidores, na política, nas
negociações econômicas. Quando ele aparece mais que os jogadores, fica
parecendo uma coisa amadora, no sentido primário. Vejam o exemplo do São Paulo,
onde o presidente foi quem mais apareceu nos últimos meses. Bom, feito, a volta
olímpica; merecida com números impressionantes.
A mídia, que
adora aparecer na hora inoportuna; já adianta o Corinthians como o único rival
imediato, pronto e definido para competir com Barcelona. Parece brincadeira,
mas não é. É uma piada infame, desproposital. Piada que infelizmente não partiu
apenas do noticiário brasileiro; mas de um jornal italiano. Será que apenas eu
não consigo ver esse Corinthians tão imbatível como pintam? Não. Creio que o
senso comum sabe que esse Corinthians é um time muito superior a média dos
times nacionais, mas tem lá seus concorrentes. E tendo concorrentes internos,
terá também embates terríveis contra os sulamericanos. E mais ainda, enfrentando
europeus.
Corinthians
dos meus dois outros textos era definido como um time em formação, que não
tinha passado ainda por equipes em formação, com conjuntos mais ou mesmos do
mesmo nível, como por exemplo o Palmeiras. Corinthians que teve dificuldade
contra o Santos. Contra o Grêmio. Mas que era um Corinthians crescendo, se
formando.
O sonho do
corintiano cresce cada vez mais, embora a mídia queria atrapalhar o caminho
normal de um time vitorioso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário