quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Eliminatórias eliminam: Risco que o Brasil já enfrentou no passado


Iniciam-se as Eliminatórias para a Copa do Mundo na Rússia. E de tantos boatos, fatos e aflições, o futebol brasileiro ficou em segundo plano. O jogo contra o Chile não é um divisor de águas, mas com certeza mostrará o verdadeiro poderio da nossa seleção brasileira; do vexame histórico em casa, goleado pela Alemanha. Sim, pois de lá para cá, pouco mudou. Ainda no achismo, acredito que a equipe comandada por Dunga não perderia de goleada. Ia sair no jogo contra a Alemanha; mas não seria uma vergonha. É meu modo de ver o jogo retranqueiro e briguento do comandante gaúcho, que diferente do gaúcho anterior, ainda acreditada que apenas a aura de campeão daria jeito numa seleção mediana.

Sim, as eliminatórias eliminam. E esse medo de cair diante de seleções não tão tradicionais mundialmente, mas adversários complicados regionalmente, nos dá indícios que, aqueles que acompanharão a seleção nacional, devem estar preparados para o sofrimento, para a derrota; e para algumas vitórias. Mas, aos trancos, iremos para a Rússia. E novamente na competição mundial, seremos a principal figura da competição. E infelizmente, mais uma vez, não levaremos o título. A geração de craques como Messi e Neymar não terão esse privilégio, de ganharem uma Copa do Mundo.

Nunca foi fácil disputar as eliminatórias Sul-Americanas. Desde os anos 80 eu leio sobre o medo do Brasil passar pela primeira vez na história sem estar em uma Copa. É possível que isso um dia aconteça. E é verdade que a chance é maior esse ano, visto como estamos lidando com o futebol fora e dentro do campo. É bem possível, pela fraqueza técnica e tática da nossa seleção. É verdade que o Brasil sempre teve grandes jogadores; e estes que estão ai, não são lá grandes craques; mas também não são ruins. Estamos na média, e por estarmos nessa condição, teríamos melhores chances se no banco tivéssemos ideias melhores, mais inovadoras. Tudo bem, o conservadorismo tático de Dunga pode dar certo, como quase deu na última vez que ele dirigiu a seleção brasileira.

Dunga volta melhor depois da péssima experiência em ignorar a voz popular, não levando Neymar e Ganso (naquela época em ótima fase). Dunga volta melhor em sua relação com a Globo. Mas disso tudo, não podemos dizer que Dunga é a melhor opção para nossa seleção. Há certas críticas em relação algumas convocações, que parecem colocar uma pulga atrás da orelha da torcida amiga: qual a razão de nomes tão desconhecidos, jogando na China ou coisa do gênero. A torcida inimiga dá razão ao Romário, mesmo que nada possa ser comprovado.

E com toda essa discussão, mesmo com uma curiosidade imensa em saber como a seleção brasileira irá se comportar diante de uma competição que vale alguma coisa, mesmo assim o Brasil não vai parar. Não se ouve muito sobre o jogo. A empolgação da Copa do Mundo, que era um oba-oba generalizado; uma espécie de micareta futebolística; não era por causa da seleção. O abadá verde-amarelo, tem mais razões nas paradas políticas que na hora do gol. A seleção brasileira, que anda perdendo encanto no Brasil, corre o risco de não encantar o mundo. Ficar de fora da Copa será um desastre para nossa história, embora desastres possam também colaborar com renascimento.


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