Iniciam-se as
Eliminatórias para a Copa do Mundo na Rússia. E de tantos boatos, fatos e aflições,
o futebol brasileiro ficou em segundo plano. O jogo contra o Chile não é um
divisor de águas, mas com certeza mostrará o verdadeiro poderio da nossa seleção
brasileira; do vexame histórico em casa, goleado pela Alemanha. Sim, pois de lá
para cá, pouco mudou. Ainda no achismo, acredito que a equipe comandada por
Dunga não perderia de goleada. Ia sair no jogo contra a Alemanha; mas não seria
uma vergonha. É meu modo de ver o jogo retranqueiro e briguento do comandante
gaúcho, que diferente do gaúcho anterior, ainda acreditada que apenas a aura de
campeão daria jeito numa seleção mediana.
Sim, as eliminatórias
eliminam. E esse medo de cair diante de seleções não tão tradicionais
mundialmente, mas adversários complicados regionalmente, nos dá indícios que,
aqueles que acompanharão a seleção nacional, devem estar preparados para o
sofrimento, para a derrota; e para algumas vitórias. Mas, aos trancos, iremos
para a Rússia. E novamente na competição mundial, seremos a principal figura da
competição. E infelizmente, mais uma vez, não levaremos o título. A geração de
craques como Messi e Neymar não terão esse privilégio, de ganharem uma Copa do
Mundo.
Nunca foi fácil
disputar as eliminatórias Sul-Americanas. Desde os anos 80 eu leio sobre o medo
do Brasil passar pela primeira vez na história sem estar em uma Copa. É possível
que isso um dia aconteça. E é verdade que a chance é maior esse ano, visto como
estamos lidando com o futebol fora e dentro do campo. É bem possível, pela
fraqueza técnica e tática da nossa seleção. É verdade que o Brasil sempre teve
grandes jogadores; e estes que estão ai, não são lá grandes craques; mas também
não são ruins. Estamos na média, e por estarmos nessa condição, teríamos
melhores chances se no banco tivéssemos ideias melhores, mais inovadoras. Tudo bem,
o conservadorismo tático de Dunga pode dar certo, como quase deu na última vez
que ele dirigiu a seleção brasileira.
Dunga volta
melhor depois da péssima experiência em ignorar a voz popular, não levando
Neymar e Ganso (naquela época em ótima fase). Dunga volta melhor em sua relação
com a Globo. Mas disso tudo, não podemos dizer que Dunga é a melhor opção para
nossa seleção. Há certas críticas em relação algumas convocações, que parecem
colocar uma pulga atrás da orelha da torcida amiga: qual a razão de nomes tão
desconhecidos, jogando na China ou coisa do gênero. A torcida inimiga dá razão
ao Romário, mesmo que nada possa ser comprovado.
E com toda essa
discussão, mesmo com uma curiosidade imensa em saber como a seleção brasileira
irá se comportar diante de uma competição que vale alguma coisa, mesmo assim o
Brasil não vai parar. Não se ouve muito sobre o jogo. A empolgação da Copa do
Mundo, que era um oba-oba generalizado; uma espécie de micareta futebolística; não
era por causa da seleção. O abadá verde-amarelo, tem mais razões nas paradas
políticas que na hora do gol. A seleção brasileira, que anda perdendo encanto
no Brasil, corre o risco de não encantar o mundo. Ficar de fora da Copa será um
desastre para nossa história, embora desastres possam também colaborar com renascimento.
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