Olá leitores!
Hoje em dia as redes sociais preenchem um espaço razoável na
vida de cada um de nós. Eu aprendi que um jeito muito legal de acompanhar
coberturas esportivas é assistir a corrida (pode ser jogo do esporte que você
quiser, leitor, o resultado prático é o mesmo. O que tornou suportável o Brasil
X Alemanha na copa de 2014 foi o volume de piadas a respeito que estava
aparecendo no Twitter e no Facebook ao mesmo tempo em que a selecinha do Bigode
tinha pane em campo) acompanhando o que postam os especialistas no assunto. E
ao final do GP do Canadá eu tive a certeza que teve gente que assistiu a duas
corridas diferentes, pois tinham os que gostaram da corrida e os que
detestaram.
O resultado, evidentemente, tem de ser relativizado: aqueles
que querem ver os brasileiros em boas posições (ou ao menos vencendo seu mais
direto rival, o companheiro de equipe) se frustraram, assim como se frustraram
os que queriam ver disputas diretas pela primeira posição. Contudo, para as
posições intermediárias e no pelotão do fundo, tivemos boas disputas, pelo que
devo confessar que estou entre os que não acharam a corrida ruim. Já vi edições
mais disputadas? Sim, com certeza sim. Agora, seria extremamente injusto
comparar o GP do Canadá com o GP da Espanha (esse sim, intragável) ou o GP da
China, outro ótimo remédio contra a insônia. Foi uma corrida nota 5,5, talvez
6. Ao menos não se confirmou minha previsão pós classificação de um strike na
largada, devido à proximidade de largarem Grosjean em 5º, Maldonado em 6º e
Hülkemberg em 7º.
Primeiro lugar, mais ou menos previsível, Hamilton. Mesmo
tendo que economizar combustível, nunca permitiu que o companheiro de equipe
Rosberg (2º) se aproximasse o suficiente para tentar algo. Nico bem que tentou,
mas teve que poupar os freios, e não saíram disso.
Em 3º uma novidade, Bottas, que aproveitou bem as longas
retas do Circuit Gilles Villeneuve para se manter próximo da Ferrari do Kimi, e
quando esse parou nos boxes conquistou a 3ª posição para não mais a perder. Boa
corrida. Seu companheiro Massa (6º) teve problemas com a válvula de pressão do
turbo na classificação, largou lá atrás (15º) e fez, provavelmente, sua melhor
corrida em muito tempo, com muitas ultrapassagens e disputas acirradas de
posição. Pena que esse trabalho todo não “apareceu” como deveria no resultado
final, mas a corrida foi “de gente grande”.
Em 4º chegou Räikkönen, que deixou passar uma ótima
oportunidade de um pódio ao ser ultrapassado nos boxes pelo Bottas e depois
rodando sozinho no Hairpin. Ele alegou problema mecânico, mas tenho minhas
dúvidas... seu companheiro Vettel chegou em 5º, após fazer uma ótima corrida de
recuperação após largar em 18º lugar. Teve certa dificuldade na disputa de
posição com Alonso, mas nada que pudesse prejudicar muito o ritmo geral dele.
Ao todo, ganhou 13 posições, o que nos dias de hoje é louvável.
Em 7º, para surpresa geral, chegou Maldonado. Dessa vez ele
não bateu nem foi batido por ninguém, e teve a chance de mostrar o quão
acertada foi para a Lotus a mudança dos motores Renault para os Mercedes, já
que a marca de maior velocidade máxima foi da Lotus de Grosjean, e a de
Maldonado foi o 5º carro mais veloz nas retas canadenses. A disputa de
Maldonado com Hülkemberg foi muito boa. Dessa vez quem fez papelão foi o
Grosjean (10º), que vinha se mostrando um piloto mais centrado esse ano até que...
bateu em uma Marussia!! Fala sério, bater na Marussia é que nem bater em carro
estacionado... sem maiores comentários.
Em 8º chegou o Nico Hülkemberg, que fez uma boa corrida
levando em conta as condições do carro, que tem ótimo motor e grande velocidade
de reta, mas sofre um pouco nas curvas. Esteve envolvido em um incidente de
corrida com o Vettel que o fez perder algum tempo, mas nada exagerado. Seu
companheiro Pérez (11º) não se encontrou com o carro o final de semana inteiro,
não tinha muito o que fazer.
Em 9º, salvando a honra da Red Bull, chegou Kvyat, sofrendo
com a impotência do motor Renault. Seu companheiro Ricciardo foi ainda pior,
apenas o 13º colocado. Dia para esquecer.
Próxima etapa dia 21 de junho na Áustria, no Red Bull Ring
(para desespero da RGT, que não gosta de falar nomes de empresas na
transmissão...), uma pista que para mim não traz boas lembranças, afinal eu
lembro do quão lindo o traçado era antes do Tilke esquartejar a pista.
Até a próxima!
Alexandre Bianchini
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