Olá leitores!
Após a reforma sofrida na metade dos anos 90, nunca mais
Österreichring, ops, Red Bull Ring produziu uma corrida verdadeiramente
emocionante. Esse ano não foi exceção. Tivemos, claro, alguns momentos de
genialidade na corrida, mas daí para dizer que “a corrida foi emocionante”
desculpem-me, mas existe uma diferença muito grande. Mas não chegou a ser uma
corrida sonolenta, como foi o GP da Espanha (zzzzzzzz...). De bom, as disputas
de posição propiciadas pelos carros da Red Bull, Toro Rosso e Lotus. Mais uma
vez, o pelotão intermediário salvando a lavoura, já que na frente a disputa é
para ver quem faz o pit-stop mais rápido ou encontra a melhor estratégia de
parada de boxe.
Vitória do Rosberg, 3ª seguida, que com isso vai se
aproximando do Hamilton em busca da liderança do campeonato. Largou muito bem
(não é comum isso acontecer), passou Lewis, abriu a vantagem necessária e em
nenhum momento deixou o inglês se aproximar. Uma corrida para compensar o erro
na classificação que fez com que ele perdesse a oportunidade de marcar a pole
position. Seu companheiro Hamilton (2º) sonhava com a vitória, afinal largando
na pole em uma pista onde as ultrapassagens não costumam ser muito fáceis, era
a oportunidade ideal... só não contava com a largada do Nico Para completar,
recebeu uma punição de 5 segundos por cruzar a linha branca na saída dos boxes.
Ao final, reconheceu que o companheiro foi mais veloz.
Em 3º chegou Massa, que estava naquele dia em que tudo dá
certo para ele: largou bem, conseguiu imprimir um bom ritmo de corrida, e
estava suficientemente próximo de Vettel para aproveitar quando ocorreu o
problema na parada de boxe. Contando com a ótima velocidade de reta propiciada
pelo motor Mercedes, não deu chances reais de ultrapassagem para o tetracampeão
e conseguiu seu primeiro pódio no ano e 40º na sua carreira. Seu companheiro
Bottas (5º) não fez uma das suas melhores largadas, mas correu bem, efetuando
algumas ultrapassagens durante a corrida. Perdeu ritmo no final, com problemas
de freio.
Em 4º chegou Vettel, que teve um pódio certeiro desperdiçado
por conta da porca que trava a roda que não saía, fazendo a equipe perder bons
segundos na parada e com isso a chance de subir ao 3º degrau do pódio. No final
tentou atacar Massa, mas especificamente na segunda curva do circuito cometeu
alguns erros de trajetória, que a meu ver o impediram de tentar a ultrapassagem
na reta que precede dois trechos onde o carro da Ferrari era nitidamente mais
rápido que o Williams, superior na primeira parcial cronometrada. Seu
companheiro Räikkönen teve um final de semana para esquecer: se classificou em
18º (que virou 14º por conta de punições aplicadas a outros pilotos) por falha
de comunicação da equipe, depois após a saída da segunda curva o carro
destracionou (de maneira estranha, já que isso normalmente acontece logo na tangência de saída, e ele já estava
alguns bons metros à frente), ele perdeu o controle e foi acertado por Alonso,
cujo carro subiu no bico da Ferrari, fazendo com que ambos abandonassem e que o
safety-car entrasse.
Em 6º chegou o vencedor das 24 Horas de Le Mans, Nico
Hülkemberg, o maior talento desperdiçado dos últimos tempos, mais uma vez
levando a Force India ao melhor lugar que ela pode almejar: atrás dos carros da
Mercedes, Ferrari e Williams. Largou bem e protagonizou boas disputas com
Bottas. Seu companheiro Pérez (9º) também fez uma boa apresentação, tendo
disputado bastante com os carros da Lotus e da Sauber, mas foi prejudicado por
uma parada de troca de pneus lenta.
Em 7º veio Maldonado, que recentemente foi “homenageado” com
um vídeo de cerca de 12 minutos feito por um fã de F-1 intitulado “Maldonator”,
com suas “melhores” batidas, seja na F-1 seja em categoria de acesso. Assisti e
é muito bom, recomendo. Dessa vez ele não bateu em ninguém, correu bem mesmo
reclamando do excesso de temperatura nos pneus. Seu companheiro Grosjean (15º)
vinha fazendo uma corrida honesta até o carro apresentar problema e ele ser
obrigado a abandonar.
Em 8º chegou Verstappen, que correu no limite das
possibilidades do carro e fez um belo trabalho. Definitivamente ele é melhor
que o pai, apenas falta experiência para ele em alguns momentos, mas esse é um
problema que apenas o tempo poderá corrigir. Seu companheiro Sainz Jr. (16º)
teve problemas no motor quase ao mesmo
tempo que o Grosjean teve, apesar de usarem motores diferentes. Curioso.
Em 10º veio Ricciardo, salvando a honra da Red Bull na pista
de sua propriedade e conquistando um solitário ponto. OK, o motor Renault não
ajuda, mas parece que o chassi também não é nenhuma obra prima, já que a “prima
pobre” Toro Rosso vêm obtendo melhores resultados. Enfim, como dizem, é o que
tinham para esse domingo. Seu companheiro Kvyat (12º) quebrou a asa logo na
primeira volta (coisas que acontecem quando se larga no “pelotão do tiroteio”,
de 10º para trás), recebendo danos também na carenagem, que prejudicaram a
estabilidade do carro. Enfim, não foi uma corrida fácil para ele.
Próxima corrida será dia 05/07 em Silverstone, pista que
quase não guarda semelhança alguma com aquilo que foi no passado mas que
costuma render boas corridas. Vamos ver.
Até a próxima!
Alexandre Bianchini
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