quarta-feira, 18 de março de 2015

A observação e seu prisma: Corinthians ganha mais uma



Antes de confabular com os botões qualquer coisa em relação ao jogo de ontem entre Danúbio e Corinthians; fiz questão de ler alguns jornais uruguaios antes de saber a opinião dos brasileiros. Por incrível que possa parecer, tive uma maior aproximação aos estrangeiros que os próprios brasileiros: lá olharam o jogo de maneira isenta. Por curiosidade, alguém vai pegar dois jornais uruguaios e ficar sabendo que os dois foram distintos: um dizendo que o Corinthians fez um belo primeiro turno e outro dizendo que o time é muito inferior ao que encontramos na Libertadores.

Como pude ser mais simpático pelos jornais uruguaios que os brasileiros, sendo que eles acabaram escrevendo e comentando sobre o Corinthians de forma tão distinta? Bom, exatamente por isso; acredito que o Corinthians ainda é uma incógnita. Um modelo que, colocado a prova em alguns jogos; mostra uma eficiência fora do normal (Como no jogo contra o São Paulo) e em outro momento, mostra um time muito conservador, sem brilho e muito mais normal do que se imagina (jogos contra San Lorenzo e Danúbio). Isto como base apenas os jogos pela Libertadores, considerando também o jogo contra o Once Caldas.

O pragmatismo do jogo corintiano irrita até o mais experiente torcedor. Ainda que tenha melhorado desde sua última passagem, pelo menos na questão do ataque; o time sofre muito mais na questão defensiva. Disse em duas postagens anteriores que o time atual é melhor preparado taticamente e tecnicamente que o campeão mundial, em 2012; mas devo confessar que estava eufórico após uma bela apresentação contra o seu pior adversário dentro do grupo, o São Paulo. Quer dizer então que acho o time do Corinthians ruim? Não. Mas não posso dizer que em momentos isto não passa pela minha cabeça.

Vendo o jogo contra o Danúbio, um dos piores times de todo o campeonato; fico imaginando quando o Corinthians, num exercício de futurologia e otimismo, enfrentar algum time espanhol no Campeonato Mundial. Tenho mais confiança no time hoje, que é melhor; do que tinha no time do passado; quando enfrentou o Chelsea? Não tenho. Um jogo como o de ontem era para carimbar o otimismo e a confiança na equipe. Era para reviver aquele passado vitorioso, onde tudo parecia dar certo.

Como diz a dicotomia uruguaia: É um time mediano que não pode usar o apelido de “Timão”; mas é um dos favoritos.

Acho que o time para ser vitorioso deve se encarregar de usar da melhor forma possível as circunstancias que se apresentam durante a campanha. Preparo, relacionamento, vontade e sorte. A sorte esteve ao lado do time em seus dois piores jogos; assim como não deu as caras em sua melhor apresentação. Assim, se o ritmo continuar desse modo, ou ele joga muito bem; ou ele conta com a sorte.

Se as duas coisas acontecerem simultaneamente o time se tornará imbatível.



.


Nenhum comentário: