Olá leitores!
O GP da Hungria foi... um GP da
Hungria. Tirando alguns lampejos de arrojo de alguns pilotos (no caso do
Grosjean, devidamente punido pelo fato de ultrapassar o Miojinho por fora,
afinal se a ultrapassagem não seguir o manual de boa conduta da FIA ela deve
ser punida), a corrida foi maçante. As últimas 10 voltas então, a única emoção
foi o Rosberg com fogo no rabo, digo, com o motor em chamas após a quebra. E o
mais triste é que o contrato com Hungaroring foi renovado até 2021...
O merecido vencedor foi o Hamilton,
que largou bem, contornou a primeira curva na frente e soube segurar a pressão
dos adversários. Mesmo tendo sido o primeiro a parar para trocar os pneus, sua
ótima pilotagem fez com que ele recuperasse a liderança quando os adversários
pararam para fazer os seus pit-stops. Verdade que foi ajudado pelo ex
companheiro de equipe Button, que com pneus médios segurou o Vettel por algumas
voltas andando um pouco mais lento que o Hamilton. Isso não diminui o
brilhantismo da atuação do inglês, vencedor com méritos. Seu companheiro
Rosberg foi tocado pelo Massa no começo da corrida, caiu para 12º, e vinha na perseguição
a Massa quando a 6 voltas do final seu motor estourou, fruto do intenso calor
do verão húngaro.
Em 2º chegou Räikkönen, que fez uma
corridaça saindo de 6º na primeira volta e resistindo bravamente aos ataques do
Vettel no final da corrida. Bela apresentação! Seu companheiro Grosjean (6º)
poderia ter chegado ao pódio, mas os carolas da FIA acharam que ele obteve
vantagem ao passar da zebra para não espremer o Miojinho na hora da
ultrapassagem e o puniram com um drive-through. Pela melhoria do espetáculo,
deveriam ser contratados os fiscais da FIM (Federação Internacional de
Motociclismo), que não são senhores encarquilhados e moribundos e sabem que
ultrapassagens fazem parte do negócio chamado “esporte a motor”. É como se no
futebol o árbitro anulasse gol feito após o jogador dar um chapéu no
adversário, simplesmente ridículo. Até mesmo o ultrapassado em questão achou a
manobra limpa. Após a corrida ainda tomou mais 20s de punição por alegadamente
ter tocado o Button na ultrapassagem, mas isso não alterou o resultado final.
Punição da FIA apenas pelo prazer de punir.
Em 3º chegou o Vettel, que pilotou
focado na pontuação do campeonato e aumentou mais um pouco sua vantagem para Alonso
– pelo que o título fica ainda mais perto do atual campeão, haja vista que o
atual 2º colocado (Kimi) na pontuação é um excelente piloto mas não tem carro
para brigar com a Red Bull em todas as pistas do campeonato. Corrida
absolutamente cerebral. Seu companheiro Webber (4º) apostou numa estratégia de
pneus diferente, e ela funcionou bem, tanto que passou de 7º na primeira volta
para 4º no final, numa pista onde a negociação de ultrapassagens não é
exatamente fácil.
Em 5º chegou Alonso. Nitidamente
insatisfeito com o desempenho do carro, cobra constantemente os engenheiros da
equipe por aperfeiçoamentos, mas é uma luta difícil contra um projeto que não
nasceu bem. Nem mesmo o gigantesco talento do espanhol consegue fazer o carro
andar como as Red Bull. Seu companheiro Miojo (8º), digo, Massa, teve uma
corrida típica: se enroscou com Rosberg (caso antigo...) na primeira volta,
quebrou a ponta da asa dianteira, o carro perdeu rendimento e terminou a
corrida quase 1 minuto atrás do Hamilton, sendo que o Alonso terminou a 31
segundos do vencedor. Creio que em 2014 não teremos nenhum brasileiro na F-1,
pois só uma pressão mercadológica muito forte da Fiat (dona da Ferrari) mantém
um piloto com resultados tão pífios numa escuderia grande. E não, não estou “pegando
no pé” dele, estou constatando que após a molada na moleira ele passou de um
piloto nota 7 ou 7,5 para um piloto nota 6 ou 5,5.
Em 7º chegou Button, um piloto que sofre
com um carro ruim e que tem se notabilizado por atitudes questionáveis. Ano
passado já dedurou Vettel na punição que este tomou na Alemanha, e nessa
corrida espremeu o Grosjean ao ser ultrapassado e jogou a culpa nele, contando
com o histórico do francês para ver se ele leva punição. O famoso “piloto
cagueta”, “X-9”, aquele “que quer encontrar o Criador mais cedo”. Tem lugar em
que esse tipo de gente acorda com a boca cheia de formigas. E o pior é que a
FIA cai na dele. Um cidadão desses tinha que ir correr nos EUA para aprender a
ser gente... Seu companheiro Pérez terminou em 9º, o que deve ter sido motivo
de comemoração para a equipe ao ver os dois carros pontuando – mas nada muito
mais que isso não.
Encerrando a zona de pontuação (10º)
chegou a Williams do Maldonado, um autêntico prêmio para um carro tão ruim como
o desse ano.
Agora teremos o período de férias de
verão da F-1, que só volta em 25/08 no belo e veloz (e já foi mais belo e mais
veloz) circuito de Spa-Francorchamps, na Floresta das Ardenas, na Bélgica. Até
lá!
Alexandre Bianchini
Um comentário:
Excelente, Ale!! Sinto em concordar com você: 2014 não teremos pilotos brasileiros na F1... Talvez, alguem novo, oriundo da GP2, mas não em equipe de ponta..
Postar um comentário