Nem comecem com essa história de que os Jogos Panamericanos são as olimpíadas das Américas, ou que é a maior competição esportiva depois dos Jogos Olímpicos. Conversa fiada. É o mesmo que dizer que os Jogos Abertos do Interior é o maior evento esportivo do interior do Brasil. Grandes coisas!
O Pan é um baita evento esportivo e somente isso. Poucas são as chances que nós, brasileiros, temos a oportunidade de acompanhar tantas modalidades diferentes pela televisão. É um sopro de esportividade na nossa pátria de chuteiras. É a chance que temos de conhecer atletas e técnicos de esportes que sequer tínhamos conhecimento que eram praticados no país.
Sem o Pan, quantos dentre nós conheceríamos a loira de Afogados de Ingazeira- PE, Yane Marques, medalhista porreta do pentatlo moderno. Aliás, do alto da minha ignorância paulistana, pergunto como alguém nascido na caatinga nordestina pratica um esporte desse? O povo brasileiro é algo de notável.
E o gaúcho Marcel Stürmer, da patinação artística? Comendo pelas beiradas, sem chamar a atenção o rapaz já soma três medalhas de ouro em pan-americanos, num esporte que tinha tudo pra fracassar num país machista como nosso. Descobri que ele chegou a ser atleta do meu Tricolor, o que por certo não deveria agradar a ala da torcida que vaiava o Richarlyson, que jogava futebol e não dançava de patins com roupas colantes.
Estou fascinado ultimamente com o pólo aquático. Um esporte no qual cada posse de bola é disputada a tapa. Queria ver o Neymar praticando um negócio desses. Ia morrer afogado, com certeza. E o pólo aquático feminino, então? Parece uma briga de gafieira. Se uma daquelas moças não prestar atenção é capaz de sair da piscina completamente nua.
A ginástica é um show à parte e ainda incompreensível para nós, brasileiros. É impressionante que os ginastas caem, esborracham-se no chão e, ainda, devem saudar o público com uma postura vencedora, confiante. Ah, depois de um tombo daqueles, em público, eu sairia de fininiho envergonhado. E a moças? Quando um daqueles verdadeiros “biscuits” cai no chão e fica com aquela cara de choro dá uma dó que não sei como até hoje ninguém inventou o consolador voluntário nesses eventos. Aquele sujeito de bom coração que oferece o ombro para aquela ginasta ninfa chorar, ou um abraço, um cafuné. Eu me candidataria ao cargo.
O atletismo então é o melhor evento que existe. Todos aqueles atletas correndo, pulando, arremessando e você, ali, no sofá apertando o botão do controle remoto e teclando no computador. Fora o fato de que, cafajestadas a parte, tem algumas moças nesses eventos de atletismo que são de “largar a esposa e filho doente”. Quanta saúde!
A cobertura televisiva nesse Pan serviu para reacender um dos esportes prediletos na Terra Brasilis: comentar gafes de comentaristas e repórteres. A transmissão exclusiva da Record tem municiado sem dó os adeptos desse esporte. Em primeiro lugar, a rede do pastor famoso começou uma nova linguagem televisiva que poderíamos chamá-la de Matrix, um conceito único e inovador que predispõe uma perfeita independência entre tempo e espaço de modo que o telespectador nunca sabe ao certo se o que está sendo mostrado acontece naquele exato momento ou se é videoteipe. Coisa de maluco mesmo. E a equipe de jornalismo, então? A Record exagerou na espontaneidade a ponto de colocar uma moça na beira da piscina somente para perguntar o óbvio ao nadadores e para abraçá-los com toda ternura e afeto após a vitória. Analisando os atributos da moça não foi a toa que os nadadores foram tão bem nas águas de Guadalajara. Pra ganhar um abraço daqueles o sujeito nada mais rápido que tubarão de cinema. Imagine a Record transmitindo o Campeonato Brasileiro. Ia ter boleiro fazendo fila pra ganhar aquele abraço.
E por falar em futebol, essa nossa geração sub-20, moicana e endinheirada é ruim de bola que só vendo. Até o baixinho Romário perdeu as estribeiras com os garotos. Após criticar a arbitragem que acusou de tendenciosa no jogo contra Costa Rica, o rei da pequena área perdeu a paciência com os moleques e só faltou chamá-los de pernas de pau. É impressionante como o futebol brasileiro joga mal esses eventos. Será que é a comida da Vila Panamericana? E teve gente que ainda quis culpar o gramado pela derrota. O feminino é sempre a mesma novela. As nossas boleiras parecem-se com as heroínas do novelista Manuel Carlos; todo mundo sabe que elas vão se dar mal, vão ser derrotadas e o mistério fica sempre pra saber quando. A diferença é que raramente tem um final feliz.
É por essa e outras que eu adoro Pan, Olimpíadas, Paraolimpiadas, etc e tal. Todo e qualquer evento esportivo grandioso, independente do nível técnico é suficiente para atrair a minha atenção. Coloque um pessoal uniformizado se exercitando com a chance de tocar um hino qualquer depois que a minha audiência está garantida.
O Pan é um baita evento esportivo e somente isso. Poucas são as chances que nós, brasileiros, temos a oportunidade de acompanhar tantas modalidades diferentes pela televisão. É um sopro de esportividade na nossa pátria de chuteiras. É a chance que temos de conhecer atletas e técnicos de esportes que sequer tínhamos conhecimento que eram praticados no país.
Sem o Pan, quantos dentre nós conheceríamos a loira de Afogados de Ingazeira- PE, Yane Marques, medalhista porreta do pentatlo moderno. Aliás, do alto da minha ignorância paulistana, pergunto como alguém nascido na caatinga nordestina pratica um esporte desse? O povo brasileiro é algo de notável.
E o gaúcho Marcel Stürmer, da patinação artística? Comendo pelas beiradas, sem chamar a atenção o rapaz já soma três medalhas de ouro em pan-americanos, num esporte que tinha tudo pra fracassar num país machista como nosso. Descobri que ele chegou a ser atleta do meu Tricolor, o que por certo não deveria agradar a ala da torcida que vaiava o Richarlyson, que jogava futebol e não dançava de patins com roupas colantes.
Estou fascinado ultimamente com o pólo aquático. Um esporte no qual cada posse de bola é disputada a tapa. Queria ver o Neymar praticando um negócio desses. Ia morrer afogado, com certeza. E o pólo aquático feminino, então? Parece uma briga de gafieira. Se uma daquelas moças não prestar atenção é capaz de sair da piscina completamente nua.
A ginástica é um show à parte e ainda incompreensível para nós, brasileiros. É impressionante que os ginastas caem, esborracham-se no chão e, ainda, devem saudar o público com uma postura vencedora, confiante. Ah, depois de um tombo daqueles, em público, eu sairia de fininiho envergonhado. E a moças? Quando um daqueles verdadeiros “biscuits” cai no chão e fica com aquela cara de choro dá uma dó que não sei como até hoje ninguém inventou o consolador voluntário nesses eventos. Aquele sujeito de bom coração que oferece o ombro para aquela ginasta ninfa chorar, ou um abraço, um cafuné. Eu me candidataria ao cargo.
O atletismo então é o melhor evento que existe. Todos aqueles atletas correndo, pulando, arremessando e você, ali, no sofá apertando o botão do controle remoto e teclando no computador. Fora o fato de que, cafajestadas a parte, tem algumas moças nesses eventos de atletismo que são de “largar a esposa e filho doente”. Quanta saúde!
A cobertura televisiva nesse Pan serviu para reacender um dos esportes prediletos na Terra Brasilis: comentar gafes de comentaristas e repórteres. A transmissão exclusiva da Record tem municiado sem dó os adeptos desse esporte. Em primeiro lugar, a rede do pastor famoso começou uma nova linguagem televisiva que poderíamos chamá-la de Matrix, um conceito único e inovador que predispõe uma perfeita independência entre tempo e espaço de modo que o telespectador nunca sabe ao certo se o que está sendo mostrado acontece naquele exato momento ou se é videoteipe. Coisa de maluco mesmo. E a equipe de jornalismo, então? A Record exagerou na espontaneidade a ponto de colocar uma moça na beira da piscina somente para perguntar o óbvio ao nadadores e para abraçá-los com toda ternura e afeto após a vitória. Analisando os atributos da moça não foi a toa que os nadadores foram tão bem nas águas de Guadalajara. Pra ganhar um abraço daqueles o sujeito nada mais rápido que tubarão de cinema. Imagine a Record transmitindo o Campeonato Brasileiro. Ia ter boleiro fazendo fila pra ganhar aquele abraço.
E por falar em futebol, essa nossa geração sub-20, moicana e endinheirada é ruim de bola que só vendo. Até o baixinho Romário perdeu as estribeiras com os garotos. Após criticar a arbitragem que acusou de tendenciosa no jogo contra Costa Rica, o rei da pequena área perdeu a paciência com os moleques e só faltou chamá-los de pernas de pau. É impressionante como o futebol brasileiro joga mal esses eventos. Será que é a comida da Vila Panamericana? E teve gente que ainda quis culpar o gramado pela derrota. O feminino é sempre a mesma novela. As nossas boleiras parecem-se com as heroínas do novelista Manuel Carlos; todo mundo sabe que elas vão se dar mal, vão ser derrotadas e o mistério fica sempre pra saber quando. A diferença é que raramente tem um final feliz.
É por essa e outras que eu adoro Pan, Olimpíadas, Paraolimpiadas, etc e tal. Todo e qualquer evento esportivo grandioso, independente do nível técnico é suficiente para atrair a minha atenção. Coloque um pessoal uniformizado se exercitando com a chance de tocar um hino qualquer depois que a minha audiência está garantida.
3 comentários:
Que surpresa!! Depois do sério cronista, temos agora o mais perfeito comentarista irônico.....kkk
De longe um dos seus melhores textos, com certeza!!
O batismo da geração futebolística foi algo fenomenal: " por falar em futebol, essa nossa geração sub-20, moicana e endinheirada é ruim de bola que só vendo".
Grato. Ainda bem que tenho os amigos. kkkkkkkkkkkkkkk
Não falta inspiração pra falar de esporte. Ando numa fase que, se pudesse, escrevia uma bobagem qualquer todas as noites. A prática vai melhorando o texto e é sempre bom dar uma aliviada no nosso tom às vezes sisudo pra falar do futebol.
Por falar nisso tente reler alguns textos escritos nesse espaço em 2009. Estávamos um pouco mais otimistas.
Eu também curto estes eventos. Não assisto outra coisa quando passam. Ontem vi os brasileiros levarem bordada no boxe, acompanhei o atletismo, e as mexicanas perdendo para as portoriquenhas no basquete. Até esqueci do Sportv. É Record e Record News. E claro, muito bom ver o nado sincronizado feminino.
Postar um comentário