
Olá leitores!
Agora temos oficialmente o campeão da temporada de 2011, o mais jovem bicampeão da história, Sebastian Vettel. Verdade que a faixa de campeão foi “carimbada” pelo Button, que esteve em um fim de semana iluminado, mas isso não diminui o brilhantismo da conquista.
Tenho a sensação que os recordes continuarão a ser quebrados, pois não deve acabar tão cedo a união entre o talento do Vettel, a genialidade do projetista Adrian Newey e o monte de dinheiro da Red Bull. Se existe alguém que tem capacidade de quebrar os recordes do Schumacher, esse alguém é o Vettel. Só não sei se o Vettel tem essa sede de buscar quebras de recordes como o Schummi tinha, creio que a hora em que ele sentir que não está mais se divertindo ao volante de um F-1 ele larga a coisa. Mas é só uma impressão.
Falando da corrida, a McLaren esteve mais veloz o final de semana inteiro, e o Button perdeu a pole position por 9 milésimos de segundo apenas. Tanto que após a segunda rodada de pit-stops a McLaren trabalhou melhor que a Red Bull e devolveu o inglês na frente do Vettel, que o tentou atacar sem êxito. A título de curiosidade, é a 5ª vitória de Button na McLaren e a primeira com tempo seco, já que ele estava levando o título de “rei da chuva” desde o ano passado. O outro inglês da equipe, Hamilton, mais uma vez se viu envolvido em algum enrosco, e novamente com o Massa. Dessa vez os comissários acharam que não tinha nada de errado na postura dele na pista, e não sofreu nenhuma punição. Se bem que ele não deve ter ficado feliz em terminar em 5º, 24 segundos e meio atrás do Button...
Em mais uma atuação inspirada, lutando contra as limitações do carro, Alonso conseguiu levar a Ferrari ao 2º lugar. Aliás, acho que o psicólogo da Ferrari deveria mostrar a gravação de como o Alonso se defendeu dos ataques do Vettel para o Massa, para ver se ele se lembra de como se defender dos ataques de um piloto de outra equipe... por falar no “piloto Lámen”, os números fazem o comentário por mim: o Miojinho largou em 4º e terminou em 7º, pior que seu lugar cativo (6º).
O Vettel até que largou bem, espremendo o Button para não perder a posição, e chegou a abrir uma vantagem relativamente confortável até o momento em que o safety car entrou para que os fiscais recolhessem os pedaços de carro largados por Webber (em disputa com Schumacher) e Hamilton (no incidente com o Miojinho). Como a entrada do safety car se deu no meio da “vida útil” dos pneus, os líderes não pararam. Na relargada, o Vettel saiu na frente, voltou a abrir mas no momento da 2ª troca não tinha aberto tanto assim, aí o Button parou uma volta mais tarde – e fez a volta em ritmo de classificação – , a McLaren trabalhou mais rápido que a Red Bull, e nesse momento o alemão perdeu a liderança. Posteriormente também perderia o 2º lugar para o Alonso, também na parada de boxe, mas de qualquer maneira bastava ser o 10º para conquistar o título. Webber, muito apagado na corrida, terminou logo atrás em 4º lugar.
Completando a zona de pontuação, duas Mercedes (Schumacher em 6º e Rosberg em 10º), uma Sauber (Perez, 8º) e uma Renault – ou Lotus preta, como queiram – com o Petrov em 9º. Os outros brasileiros foram mal: Bruno foi 16º (reclamando da estratégia da equipe) e Rubinho 17º (alegou ter sido prejudicado pela entrada do safety car “na hora errada”). O herói local Kobayashi foi bem nos treinos, mas na corrida o ritmo da Sauber não foi bem e ele foi despencando na classificação, terminando em 13º. Aliás, o asfalto de Suzuka favorece os pilotos que sabem poupar os pneus, como o vencedor Button e o parceiro do Kobayashi, o mexicano Perez.
Para completar, um pouco de maldade: provavelmente os comissários acabaram sendo mais brandos nas punições pois o piloto convidado para auxiliar o trabalho dos comissários foi o australiano Alan Jones, que foi campeão em 1980 justamente espremendo o Nelson Piquet em direção ao muro na última prova da temporada...
A próxima corrida já acontece dia 16/10, na Coréia do Sul, outra prova para ver após a balada (4h da madrugada), perfeita para os notívagos ou madrugadores.
Até a próxima!
Alexandre Bianchini
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