Este jovem senhor, como gosto de me referir, ao lado de Ganso é o "seu" Edvaldo de Oliveira Chaves, que também atende pelo nome de Pita. Quem é da minha geração, com trinta e... bom, deixa pra lá, sabe de quem estou falando. Um meia clássico, um dos maiores da história do clube e também do futebol brasileiro. Bem, então agora vamos inverter: É o Paulo Henrique Lima que está ao lado de Pita.Fiz este trocadilho pois a imagem que tenho do Pita ainda é dele magrinho, rosto fino e com cabelo. Demorei um pouco à primeira vista (poucos segundos na verdade) para me dar conta de que se tratava do grande craque santista e que também fez história no São Paulo, graças às "excelentes transações" que a diretoria santista fazia naquela época (anos 80).
Pita começou no Santos em 1976 e teve que carregar o fardo, de "substituir" o insubstituível Rei Pelé. E naquela época, achavam que isto era possível, o que não é para qualquer um. Na verdade, Pita foi o substituto imediato de Aílton Lira, um dos primeiros a segurar a batata quente, e que também auxiliou muito o jovem craque.
Para quem não viu (e Paulo Henrique por ter 21 anos também não tenha visto), Pita era um jogador quase completo. Vi ele fazer gols de tudo qualquer jeito: de cabeça, de falta, de fora da área, driblando zagueiros, etc. E também tinha visão de jogo, e muita. Cansou de deixar os atacantes na cara do gol. E graças ao meu pai, pude vê-lo também no estádio, lá pelos anos de 1982 e 83.
Já pensei várias vezes, como que se tivesse que traçar uma hierarquia dos meias santistas, quem viria primeiro, se Pita ou Ganso. Mas é difícil, principalmente quando se compara diferentes épocas. Pode-se dizer que há muita semelhança entre estes dois, mas que também há diferenças. Vi o Pita jogar muita bola na Taça de Ouro de 1983 (Campeonato Brasileiro para os mais novos), e não tenho medo em dizer que ele não ficou devendo nada para o Zico naquele ano. Já os sãopaulinos, também podem dizer como foi o ano de 1986...
Para mim, apenas uma pequena frustração de não poder ter visto Pita campeão com o Peixe. Mas isto não é culpa dele. Em 1978, era muito pirralho e só lembro do meu pai comemorando o título paulista com alguns amigos. Em 1983, perdemos para o Flamengo a Taça de Ouro, e em 1984, foi para o São Paulo numa troca com o meia Humberto e o ponteiro-esquerdo Zé Sérgio. Mas perdendo ou ganhando, a admiração por este jogador continua a mesma, e o que ficou na memória foram seus gols e suas jogadas. Pita, continua sendo nosso ídolo e maestro.
2 comentários:
"Dez" da minha infância: Zico, Pita e Zenon. Existiram outros na mesma época, mas esses são os que eu mais admirava. Pita inclusive foi grande inspiração para outro craque, de quem sou fã: Neto.
Que saudade quando o "dez" valia tanta coisa dentro do campo....
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