Última Rodada do Primeiro Turno 2011

Chegamos a última rodada do primeiro turno. Meio caminho andado. Agora os jogos passam a valer um pouco mais. O primeiro turno serve como um grid de largada para os clubes, uma definição de ”grupos”. O primeiro grupo da ponta, entre o primeiro e o sexto colocado: briga pelo título. O segundo grupo, entre o sétimo ao décimo terceiro: briga pelo título, pela qualificação para torneios sul-americanos e para não cair. E o terceiro grupo: a briga pela fuga do rebaixamento e pela qualificação, não briga pelo título.

É claro que desses números podemos fazer apenas uma projeção, já que os grupos são definidos mesmo pelo número de pontos e a distância entre eles. Supondo que a divisão esteja correta: dos seis primeiros colocados, atualmente, temos três grandes cariocas e três grandes paulistas. É um erro pensar que o título ficará entre esses clubes, mas já é uma visão do desenrolar do campeonato. Para o título brasileiro ainda podemos incluir o Internacional.

No final da tabela, dos sete clubes, cinco deles são enormes: Bahia (já caiu), Santos, Grêmio (já caiu); Atlético Paranaense (já caiu) e Atlético Mineiro (já caiu). Acho que dos grandes, a situação pior é do Grêmio e do Atlético Mineiro (pela fase). Santos não fica nessa situação por muito tempo, e são dois motivos: uma equipe campeã da América não pode ter desaprendido jogar bola; e a equipe ainda está nessa situação por ter seis pontos ainda em disputa.

Com os prováveis resultados da última rodada: Corinthians e Flamengo continuarão na ponta. São Paulo e Vasco logo em seguida. Internacional e Botafogo logo em seguida: Internacional tomando o lugar do Palmeiras, pois é provável que ganhe o clássico no Sul. É claro que estamos falando da última rodada, que por questões estratégicas, passou a ser a rodada dos clássicos. Estamos falando, portanto, de um tipo diferenciado de jogo, tudo pode acontecer. Clássico é clássico e vice-versa, como diz o ditado.

Os clubes que estão na ponta são aqueles que mais perderam pontos nas últimas rodadas: Corinthians oscilando entre vitórias e derrotas e o Flamengo com empates fora de propósito: sai ganhando, mas perde pontos preciosos. São Paulo também perdendo muitos pontos em casa. O que mais uma vez mostra o equilíbrio entre as equipes e, por mais que tente me convencer o contrário, uma defasagem técnica do futebol brasileiro.

Gols perdidos, cenas bizarras e zebras inesquecíveis são os sinais de um equilíbrio que não tem relação nenhuma com um campeonato “disputado” como nós queríamos. A verdade é que, tanto os primeiros colocados como os últimos, têm lá suas várias deficiências táticas e técnicas. Táticas, pois mantemos um padrão de futebol que não sabe usar o que há de melhor do jogador brasileiro. E técnico por questões básicas de um jogador: chute, passe e colocação (nesse momento sentimos saudades de treinadores como Cilinho, Mario Travaglini e Telê Santana e outros).

Enfim, o sufoco de algumas partidas do primeiro turno ficarão no passado; restando apenas os pontos disputados. E algumas partidas memoráveis, como Internacional e Flamengo e Flamengo e Santos; que não devemos nos ater os pontos ganhos; mas a lembrança vaga do que era o futebol brasileiro.