sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Preparem um café bem forte no domingo.



Pífio. Não há outro adjetivo para descrever o desempenho do Tricolor no empate de ontem em Sete Lagoas/MG, contra o América/MG, fortíssimo candidato ao rebaixamento. O que pude tirar de mais esses 90 minutos da mais pura mediocridade sãopaulina? Bom, não resta dúvida de que os velhos problemas na armação não foram resolvidos pelo novo comandante. Não seria a hora de tentar escalar o Cañete no meio campo? Pior que está acho pouco provável que fique.

O Lucas é extremamente talentoso, mas, ainda muito jovem peca pela ansiedade, pela vontade de realizar sempre as jogadas agudas. Às vezes dá a impressão de que ele, se pudesse, pegaria a bola na defesa e tentaria conduzi-la até o gol adversário. E isso não é o que se espera de um meia que precisa controlar o ritmo do jogo. Tenho minhas dúvidas se ele conseguirá ser um armador em campo. Aposto todas as minhas fichas de que se ele for para a Europa em breve será transformado em um atacante de área ou num ponta de lança.

Não gosto de pegar no pé de um ou outro jogador, porque todos oscilam durante a temporada, mas, o Dagoberto merece um parágrafo especial. Acho, sinceramente, que já passou da hora de agradecermos o jogador, dar-lhe um tapinha nas costas ou uma plaquinha dourada e deixá-lo seguir a sua carreira em outro lugar. Os dirigentes parecem temer que o Dagoberto exploda em algum outro time brasileiro e, por essa razão, não dão o braço a torcer, mas, convenhamos, desde a sua chegada ao Morumbi podemos contar nos dedos as grandes atuações do jogador em grandes jogos (finais, clássicos etc). Pelo contrário, ele é o jogador mais displicente e menos comprometido com o time durante os jogos decisivos. Tem qualidades mais acho que seu tempo no Tricolor já passou.

A falta de referência no ataque é outra coisa que têm incomodado a maioria dos torcedores. Falta uma presença maior na área, mas, infelizmente, acho que esse problema somente será resolvido com a estréia do Luis Fabiano. Espero que a gente agüente até lá. Não acho que o Henrique (seleção sub-20) seja essa referência no ataque, mas, se ele voltar motivado com a artilharia da Copa do Mundo vale até uma tentativa. Mas, tem que jogar primeiro, não basta pedir a tal valorização.

A defesa tem falhado bastante nos últimos jogos e aí acho que o torcedor tem que relevar alguns erros. O treinador tem encontrado muitas dificuldades na escalação da zaga, alguns jogadores tiveram que ser improvisados na posição, o que quase nunca dá certo. A formação defensiva precisa ser repetida por alguns jogos para conferir a segurança de que o time tanto precisa.

O técnico Adilson Batista não é de todo o mal, mas, tem escalado o time extremamente conservador, jogando sempre por uma bola, o que dificulta a nossa vida quando jogamos em casa e precisamos comandar as ações ofensivas ou, por exemplo, no jogo de ontem. Ao que tudo indica o treinador, após seguidos insucessos em grandes times, resolveu adotar uma postura bem diferente daquela que o notabilizou no Cruzeiro. Bom, mas, ainda é cedo para julgar o trabalho do Head Coach. Vamos aguardar um pouco mais.

Domingo tem clássico entre São Paulo e Palmeiras, no Morumbi. O Tricolor costuma jogar bem contra o Palmeiras dentro de seus domínios, mas, se formos levar em consideração a bola pequenina que as duas equipes têm apresentado, teremos que estar preparados para um empate magro, um “oxo” bem maroto, com direito a bocejos nas arquibancadas. Para quem vai assistir o jogo vale a dica; caprichem no café bem forte!

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