O juiz não atrapalhou e o Corinthians não entregou o jogo. Essas desculpas não são aceitas nem pelos próprios torcedores derrotados. Santos apenas fez o que todo mundo esperava dele, foi campeão paulista. Time que sobra entre os paulistas, caminha bem também na competição continental. Alguns fatores são substanciais para esse sucesso: alguns jogadores em fase surpreendente e outros jogadores que já nasceram magníficos. A verdade é que a superioridade do Santos não é uma coisa nova, apenas está sendo fortalecida com a chegada do técnico Muricy.
Do outro lado, um planejamento “às pressas” parece atrapalhar o Corinthians. Desde a chegada do astro Ronaldo (a única coisa certa nos últimos três anos), parece que o Corinthians desaprendeu como fazer o time andar. Disse em outro texto que a última partida que o time jogou como um verdadeiro esquadrão foi exatamente o título contra o Internacional pela Copa do Brasil, em 2009.
De lá para cá, a maldição do Centenário pegou o time de surpresa. No clube ninguém acredita nessas coisas, mas é bem verdade que poucos times têm muito que comemorar em seus respectivos centenários. Isso não é desculpa, é apenas um curioso fato que marca a trajetória do clube paulista. Enfim, as comemorações ingratas estão acabando, e é bem possível que o time volte a ganhar alguma coisa nos próximos anos, nem que seja um paulista em 2012.
Não vou citar todas as pedras da ruína alvinegra, mas as que eu acho mais importantes. A primeira delas foi perder para o Flamengo em pleno Pacaembu, pela Libertadores. Ninguém poderia dizer que o time iria ser campeão, mas a derrota para um time inferior tecnicamente (inclusive com alguns problemas internos) foi um balde gelado nas comemorações. Até ai tudo bem, á aceitável perder para um grande clube.
Posteriormente a derrota para o Tolima. Essa foi terrivelmente vexatória. Perder título, como perdeu para o Santos no Paulistão; ser prejudicado no Brasileirão 2010, por equipes arqui-rivais (a postura velada de entregar o jogo), faz parte da competição( como todas afirmam). Mas perder para uma equipe que, supostamente, não conseguiria se classificar para uma série C do campeonato brasileiro, isso foi péssimo.
E se todos os males poderiam acontecer, era inevitável que mais uma situação ficasse gravada na história do time: o centésimo gol do Rogério Ceni. Tudo bem que foi um fato que independeria se o Corinthians fosse um time forte ou não; o gol poderia sair de qualquer modo. Mas era “cabalisticamente” possível que esse gol acontecesse no Corinthians em pleno centenário. Coroando mais uma vez a história de um glorioso time e sua trajetória tão querida e ao mesmo tempo odiada.
As duas últimas situações constrangedoras na comemoração dos cem anos têm víeis de esperança: Adriano e o Estádio. As duas coisas são grandes promessas, que podem trazer grandes alegrias ou decepções assustadoras com terríveis conseqüências. É claro que, conforme já afirmei várias vezes, é preferível o estádio pronto do quê qualquer título, no momento.
Como estou falando de números, e dentre as péssimas coisas, já temos quatro situações desagradáveis (Flamengo, Brasileirão, Tolima e Ceni), é bem possível que somente uma dessas coisas que estão faltando possam dar errado. Alguns torcem pelo número sete, e isso também é possível. As sete desgraças do centenário!!
Adriano se recuperando e o Estágio ainda com tapumes; nada que possamos comemorar.
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2 comentários:
É bem verdade que a coisa não anda nada boa pelos lados do Parque São Jorge. Mas, gozações a parte, qual time paulista, com excessão ao Santos, pode dizer que vive um bom "últimos anos"?
Mais uma final limpa entre Santos x Corinthians tal como em 2002, 2009 e agora em 2011. Sem confusão, erros comprometedores da arbitragem ou deslealdade dentro de campo. Méritos para Muricy e Tite nestes quesitos.
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