Começou ontem a Libertadores para o Brasil. Este ano com cinco clubes brasileiros, todos com pelo menos um título no curriculum. Corinthians e São Paulo no grupo da morte. Hoje um jogo que dirá muito sobre o restante da temporada.
Libertadores
começou ontem para o Brasil. Embora o Corinthians já tenha participado de dois
jogos decisivos, ainda não era Libertadores. Tinha todo o tempero de uma
decisão, todos os elementos dramáticos de um torneiro sul-americano, mas não
era Libertadores. Libertadores começou ontem com a derrota do Internacional;
começará hoje com um Majestoso. E para o bem do campeonato, ele deveria começar
sempre com clássicos, não importando brasileiro, argentino e uruguaio.
Corinthians e
São Paulo precisam da vitória. É o primeiro jogo ainda, coisa e tal. Mas a
vitória é essencial quando se está num grupo de dois grandes times nacionais e
o atual campeão da Libertadores: San Lorenzo. Uma vitória não representará
muito para a classificação, mas será decisivo no comportamento em outros jogos.
A vitória do Corinthians trará uma esperança maior para quem terá dois jogos
fora de casa: San Lorenzo na Argentina, num estádio vazio por causa da punição
e contra o Danúbio no Uruguai.
Bom, fiquemos,
por enquanto, com o clássico: palpite? O chavão “tudo pode acontecer” é
evidente, mas um tanto menos quando olhamos para os dois clubes. Futebol não
tem lógica, mas é lógico muitas vezes. Favoritismo do Corinthians por dois
motivos simples, mas essenciais: Já está no clima da competição, pois teve
enfrentamentos mais complicados na temporada; um conjunto melhor adaptado ao
estilo Tite. São Paulo tem um dos melhores treinadores, jogadores individuais
de grande talento; mas ainda não sofreu um grande embate na temporada. Das vezes
que foi exigido sofreu para manter a regularidade nos noventa minutos.
Dessa oscilação
do São Paulo nasce o favoritismo do Corinthians.
Então o
Corinthians irá golear o São Paulo? Não. Não existe qualquer prognóstico nos clássicos
além de saber quem está melhor preparado. Qualquer resultado é extremamente
normal, exceto 7 X 1. São Paulo ganhar por dois gols de diferença depois de um
sufoco do Corinthians, Corinthians ganhar de um gol de diferença depois de uma
retranca são-paulina; e por ai vai. Os números estatísticos ao final da partida
talvez não revelem nem um terço do que será o jogo: a emoção de não querer
perder a primeira partida da Libertadores num grupo difícil e contra o pior
inimigo.
Não acredito que
a derrota de um dos dois clubes, ou um empate terrível, seja o fim da linha
para as equipes. Até espero que dois clubes se classifiquem para a segunda
fase, retomando uma supremacia brasileira pelo menos no terreno sul-americano. Agora,
imaginar qualquer um dos dois enfrentando clubes europeus, o frio da barriga é
enorme. O que mostra que estamos nos contentando com pouco na Libertadores que,
quando surge um jogo como este de hoje; torna-se um evento tão grandioso como a
final do campeonato.
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