Olá leitores!
E o campeonato de 2014 chegou ao fim, com a vitória do
piloto mais arrojado: Lewis Hamilton. Agora bicampeão (como Alonso), com essa
vitória ultrapassou o espanhol no ranking de pilotos que mais venceram na
categoria. Esse ano, por sinal, ele venceu 11 corridas, algo que não deve ser
esquecido. Campeonato construído com muita luta, pois seu adversário era um
piloto tão rápido quanto porém mais cerebral, e foi uma bela luta durante a
temporada. A equipe Mercedes merece os parabéns, pois permitiu que seus pilotos
disputassem na pista sem interferências de ordens vindas dos boxes. Mesmo
quando eles ameaçaram por tudo a perder, naquele incidente que ganhou proporções
maiores por conta das mensagens de rádio dos dois pilotos em Spa-Francorchamps,
a equipe confiou no discernimento dos dois para evitar maiores problemas na
pista. Lição que a Ferrari poderia aprender, quem sabe, um dia... De qualquer
maneira, ficam os parabéns ao ótimo Lewis Hamilton pelo título.
Vitória, como já dito, de Lewis Hamilton. Largou melhor que
o Nico, abriu rapidamente uma vantagem que não permitiria ao companheiro de
equipe atacar quando fosse liberado o uso da asa móvel, e só não digo que teve
uma vitória fácil pois apesar do rival pelo título ter perdido potência no
motor e despencado na classificação da corrida, a Williams de Massa ofereceu
uma resistência inesperada, e no final ele teve que pressionar com mais força o
pedal da direita para evitar que o brasileiro o alcançasse. Pena que, por ser
um país árabe, onde o Alcorão proíbe o álcool, a comemoração no pódio foi com
uma água de rosas gaseificada ao invés do tradicional champanhe... Seu companheiro
Rosberg (14º) fez a pole position, mas largou mal, não conseguiu acompanhar o
ritmo inicial do inglês e a partir da metade da corrida começou a ter problemas
com a unidade recuperadora de força (o ERS), que fez o motor ir perdendo
progressivamente potência e as chances de título foram para o espaço. No final
demonstrou grande espirito esportivo, se recusando a abandonar a corrida quando
a equipe pediu para ele fazer isso (já nas últimas voltas) e “invadindo” a sala
onde os pilotos que vão ao pódio recuperam o fôlego para cumprimentar Hamilton
pelo título. Poderia fazer isso depois, nos boxes, mas aí não teria câmeras de
TV transmitindo para o mundo todo...
Em 2º lugar, seu melhor resultado no ano e o melhor desde
2012, chegou Massa. O carro da Williams estava muito rápido, e no final, com
pneus supermacios, chegou a ficar a apenas 3 segundos do Hamilton, até que a 3
voltas do final os pneus começaram a perder rendimento. Assim que ele saiu dos
boxes, apareceram postagens no Twitter dizendo que não eram pneus supermacios
novos, já tinham 3 voltas de uso nos treinos. Em isso sendo correto, foram as 3
voltas que faltaram para ele encostar no inglês, e quem sabe tentar a vitória.
De qualquer maneira, é bom ver a Williams se arriscando para tentar vencer a
corrida ao invés de apenas tentar terminar nos pontos. Seu companheiro Bottas
também fez uma bela corrida, terminando em 3º lugar. Fazia um bom tempo que não
se via 2 carros da Williams no pódio. E ele conseguiu isso mesmo tendo largado mal
e caído de 3º no grid para oitavo lugar. Com mais esse pódio, terminou o
campeonato em 4º lugar, nada mal para um ano de estréia.
Em 4º terminou Ricciardo, verdadeiramente monstruoso: largou
dos boxes por conta da punição da FIA à Red Bull por conta de um suposto
excesso de flexibilidade nas asas e ainda assim terminou a corrida a apenas 37
segundos de Hamilton. Mostrou o motivo de ter sido o melhor entre os pilotos “não
Mercedes” nessa temporada, 3º lugar mais do que merecido na pontuação final. Seu
companheiro Vettel (8º), na corrida de despedida da Red Bull, perdeu algum
tempo para fazer algumas ultrapassagens e com isso Ricciardo se distanciou. Mas
para uma prova festiva, de despedida, está bom.
Em 5º chegou Button, ainda sem saber do seu futuro, pois a
McLaren só vai anunciar sua dupla de pilotos em dezembro, e ainda não se sabe
se o companheiro de Alonso será Button ou Magnussen. Retirou tudo o que o carro
permitia. Seu companheiro Magnussen (11º) largou mal, se envolveu num enrosco
com Sutil e Hülkemberg, não teve um dia dos mais fáceis.
A dupla da Force India chegou em seguida 6ª e 7ª posições, respectivamente Hülkemberg
e Pérez. Mais um bom desempenho para uma equipe média com sérios problemas
orçamentários, o que prova o quanto que o projeto do carro é bom. Torcer para
próximo ano eles acertarem a mão de novo.
Fechando a zona de pontuação, 9º e 10º, a dupla da Ferrari,
Alonso e Räikkönen. Final de ano melancólico para um carro que,
definitivamente, nasceu errado. Agora é torcer para refazerem o projeto, para
permitir à dupla Vettel e Räikkönen apresentarem bons resultados em 2015.
Próxima corrida, agora, só em março, começando a temporada
na Austrália.
Até a próxima!
Alexandre Bianchini
Nenhum comentário:
Postar um comentário