
Após mais de 15 anos de ausência o basquetebol brasileiro retorna à disputa dos Jogos Olímpicos, em 2012. A comemoração, euforia de quem acompanha o basquete foi tanta que até esquecemos por alguns momentos de que se tratava apenas de uma vaga obtida no torneio pré-olímpico das Américas. Mas, a festa é válida, o champanhe, o choro, os depoimentos emocionados de quem luta diariamente pelo basquete dentro e fora das quatro linhas. Tudo certo.
O que me incomoda nessa história toda é a postura até certo ponto revanchista de alguns basqueteiros, principalmente quando o assunto são os jogadores brasileiros que jogam na NBA e pediram dispensa da seleção (Nenê, Leandrinho e Anderson Varejão). A maioria acha que os três jogadores não devem ser convocados para os Jogos Olímpicos porque não se apresentaram à Seleção que jogou o Pré-Olímpico das Américas. E os argumentos aí são os mais variados. Vão desde o polido “a convocação desses jogadores poderia rachar o grupo”, até o mais tacanha “não quiseram roer o osso, então não podem saborear o filé”. Correndo o risco de um linchamento público vou na contramão dos basqueteiros.
Acho que o Brasil não é, nem de longe, uma potência do basquete. Tem bons jogadores, alguma história, tradição e só. Não conseguimos sequer organizar um campeonato nacional que chame a atenção do público e da mídia (jogo final às dez da manhã de sábado não vale, né!?!). Pois bem, acho que nos Jogos Olímpicos o Brasil precisa entrar em quadra com o que há de melhor no seu basquete, até mesmo para não passar muita vergonha. Precisamos desses três atletas, principalmente do Nenê e do Leandrinho. Se eu fosse um atleta não sei se gostaria de morrer abraçado com o grupo ou se preferiria ter uma campanha digna nas Olimpíadas. Acho que ficaria com a segunda opção. Não seria justo com o time, com o basquete brasileiro e com os torcedores. Questões pessoais nunca levaram nenhum time a lugar algum.
Outra questão que incomoda nessa história é essa postura do “quem não vive para servir ao Brasil, não serve para viver no Brasil”. Desde quando um atleta profissional não pode recusar a convocação para a seleção de seu país sem ser acusado de traidor, de vendido, de desertor? Que cultura da caserna é essa que insistimos manter na nossa sociedade? Tanto o Nenê, quanto o Leandrinho e o Varejão estão há anos na seleção brasileira, em diversas categorias, portanto, já roeram todos os ossos possíveis e imagináveis da carcaça do basquete nacional. Não vejo sentido nessas acusações.
O torneio era importante? Claro que sim. Mas, a vida pessoal do atleta profissional também não é importante? O sujeito, apenas porque ostenta a condição de atleta de alto nível, está a margem de todos os problemas pessoais que afligem a maioria dos homens e mulheres de nossa sociedade?
Acredito que o atleta, como qualquer um de nós, passa por problemas pessoais, casamentos, filhos, doenças (lembrem-se que o Nenê, por exemplo, superou um câncer há pouco tempo). Enfim, coisas que afetam o nosso dia-a-dia e, às vezes, até mesmo o nosso trabalho. Esses rapazes devem ter o direito de escolha. E, optaram por ficar de fora desse torneio para tratar de assuntos particulares ou até mesmo para descansar, dar um tempo. Não vejo nada de errado nisso, nem consigo entender o porquê das represálias. Jogar pelo selecionado de seu país deve ser uma honra, um prêmio e não uma obrigação. O país não está em guerra eles não são desertores, portanto, que tal apenas comemorarmos a classificação para os Jogos Olímpicos, sem revanchismo?
O que me incomoda nessa história toda é a postura até certo ponto revanchista de alguns basqueteiros, principalmente quando o assunto são os jogadores brasileiros que jogam na NBA e pediram dispensa da seleção (Nenê, Leandrinho e Anderson Varejão). A maioria acha que os três jogadores não devem ser convocados para os Jogos Olímpicos porque não se apresentaram à Seleção que jogou o Pré-Olímpico das Américas. E os argumentos aí são os mais variados. Vão desde o polido “a convocação desses jogadores poderia rachar o grupo”, até o mais tacanha “não quiseram roer o osso, então não podem saborear o filé”. Correndo o risco de um linchamento público vou na contramão dos basqueteiros.
Acho que o Brasil não é, nem de longe, uma potência do basquete. Tem bons jogadores, alguma história, tradição e só. Não conseguimos sequer organizar um campeonato nacional que chame a atenção do público e da mídia (jogo final às dez da manhã de sábado não vale, né!?!). Pois bem, acho que nos Jogos Olímpicos o Brasil precisa entrar em quadra com o que há de melhor no seu basquete, até mesmo para não passar muita vergonha. Precisamos desses três atletas, principalmente do Nenê e do Leandrinho. Se eu fosse um atleta não sei se gostaria de morrer abraçado com o grupo ou se preferiria ter uma campanha digna nas Olimpíadas. Acho que ficaria com a segunda opção. Não seria justo com o time, com o basquete brasileiro e com os torcedores. Questões pessoais nunca levaram nenhum time a lugar algum.
Outra questão que incomoda nessa história é essa postura do “quem não vive para servir ao Brasil, não serve para viver no Brasil”. Desde quando um atleta profissional não pode recusar a convocação para a seleção de seu país sem ser acusado de traidor, de vendido, de desertor? Que cultura da caserna é essa que insistimos manter na nossa sociedade? Tanto o Nenê, quanto o Leandrinho e o Varejão estão há anos na seleção brasileira, em diversas categorias, portanto, já roeram todos os ossos possíveis e imagináveis da carcaça do basquete nacional. Não vejo sentido nessas acusações.
O torneio era importante? Claro que sim. Mas, a vida pessoal do atleta profissional também não é importante? O sujeito, apenas porque ostenta a condição de atleta de alto nível, está a margem de todos os problemas pessoais que afligem a maioria dos homens e mulheres de nossa sociedade?
Acredito que o atleta, como qualquer um de nós, passa por problemas pessoais, casamentos, filhos, doenças (lembrem-se que o Nenê, por exemplo, superou um câncer há pouco tempo). Enfim, coisas que afetam o nosso dia-a-dia e, às vezes, até mesmo o nosso trabalho. Esses rapazes devem ter o direito de escolha. E, optaram por ficar de fora desse torneio para tratar de assuntos particulares ou até mesmo para descansar, dar um tempo. Não vejo nada de errado nisso, nem consigo entender o porquê das represálias. Jogar pelo selecionado de seu país deve ser uma honra, um prêmio e não uma obrigação. O país não está em guerra eles não são desertores, portanto, que tal apenas comemorarmos a classificação para os Jogos Olímpicos, sem revanchismo?
Em tempo: até a data da publicação desse post eu não tinha lido a coluna do jornalista Marcelo Laguna no Portal IG, que foi publicada após a vitória da seleção brasileira sobre os argentinos. Os títulos são praticamente idênticos. Resolvi não mudar o meu, mas indicar o link do post do Laguna para leitura
http://colunistas.ig.com.br/esportesolimpicos/2011/09/07/comemorar-sim-revanchismo-nao/
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