Olá leitores!
Tenho certeza que alguns acharão essa prova marcante por ter sido a primeira vez desde o GP da Coréia do ano passado que o Vettel não subiu ao pódio. Eu prefiro achar a prova marcante pelo show de pilotagem do Hamilton. Venceu com pista seca, demonstrando superioridade sobre os rivais e com uma cabeça fria que pouca gente julgava que ele tivesse. Poupou o carro quando precisou, e arriscou nos momentos certos.
E como santo de casa não faz milagre, quem teve uma etapa apagada na Alemanha foi a austríaca Red Bull. Até fez a pole com o Webber, numa volta perfeita, mas o Vettel não conseguiu se acertar com o carro e largou em 3º. O Webber, como de costume, não largou bem, sendo ultrapassado pelo Hamilton. Os três primeiros colocados ficaram o tempo todo duelando, e dessa vez quem levou a pior foi a Red Bull, com o Webber ficando apenas na 3ª posição. O Vettel? Esse perdeu o 3º lugar na largada, mas depois recuperou com um erro do Alonso, que foi lá e tomou a 3ª posição de novo, até que na tentativa de alcançar o espanhol novamente abriu demais na tangência de uma curva, pôs o pneu na grama molhada e rodou. Ainda voltou em 4º, mas aí a prova já estava comprometida. No meio da corrida ainda teve problemas de freio, e só recuperou a 4ª posição na última volta, quando ele e Massa pararam para por os pneus duros e a Ferrari fez lambança na troca de pneus de novo.
Na Ferrari ficou claro o motivo pelo qual Alonso é abertamente o primeiro piloto e o Massa é o segundo: Alonso errou, perdeu a posição para Vettel e seis voltas depois já tinha recuperado a posição. Massa perdeu a 5ª posição para o Rosberg na largada, e na 2ª volta a equipe o avisa pelo rádio para ultrapassar o Rosberg senão a estratégia ia pelo ralo. A primeira TENTATIVA de ultrapassagem por parte do Massa foi na 6ª volta, e o Massa só passou o Rosberg depois de 12 voltas ... depois reclama que a sorte, a equipe e a conjunção planetária não o ajudam. Tivesse passado logo um carro nitidamente mais lento, no final a equipe podia ter errado até por mais tempo que tinha chegado em 4º ao invés de 5º.
E se tudo deu certo para o Hamilton, o Button ficou no meio do caminho por problemas na parte elétrica do carro. Ele não vinha fazendo uma prova brilhante, mas tinha chance de fazer uns pontinhos importantes para a equipe... enfim, foi melhor que na Inglaterra.
E por falar em santo da casa... a Mercedes foi terrível, só apareceu positivamente no começo da corrida com o Rosberg segurando o Massa – não que isso me pareça muito difícil, mas enfim, estavam aparecendo bastante na TV. Depois que o Massa se dignou a ultrapassar o Rosberg, ele desapareceu da prova. Schumacher ainda chegou a aparecer em alguns momentos, errando freadas ou derrapando. Acabaram a corrida 1 volta atrás dos líderes, atrás da Force Índia do Adrian Sutil (6º), que também usa motores Mercedes. Melhor esquecer a corrida e se lembrar que no meio da semana os dois andaram no traçado antigo (o Nordschleife) com as Mercedes com que o Fangio foi campeão em 1954, em evento para convidados dos patrocinadores da equipe.
Quem acabou fazendo uma boa prova foi o Kobayashi, que largou em 18º e terminou em 9º em uma pista de difícil ultrapassagem (nem os artifícios como KERS e asa móvel ajudaram nessa etapa a ter grande número de ultrapassagens), o que apenas reforça minha campanha para a naturalização do Kobayashi como brasileiro...
Rubinho? A trapizonga, digo, o carro dele quebrou de novo. Ao menos parece que o desejo dele de renovar o contrato deve ser atendido nos próximos dias.
Próxima etapa no próximo fim de semana, no kartódromo, ops, autódromo de Hungaroring. Já digo de antemão que a zona de utilização da asa móvel será na reta dos boxes, pois é o único local da pista onde você tem mais de 400 metros de reta para acelerar sem uma curva no meio. Se não chover, 1h45m de corrida, se chover a prova termina no limite de tempo, não no número de voltas, de tão lenta que é a pista. Para não dizer que a pista não traz boas lembranças, teve a histórica ultrapassagem do Piquet sobre o Senna em 1986, o Mansell venceu lá em 1991 largando do meio do pelotão e fazendo diversas ultrapassagens, e... acho que acabou.
Até a próxima!
Alexandre Bianchini
2 comentários:
Muito boa esta corrida, foi a primeira do ano que assisti na íntegra.
Aos poucos vamos retomando o gosto pelas corridas de Formula 1 nas manhãs de domingo. Em primeiro lugar, talvez, por causa da idade. Sem grandes baladas no sábado fica mais fácil acordar cedo no domingo. Em segundo lugar não temos aquela "supermáquina" na pista, muito mais rápidas que todas as outras, o que torna a disputa esportiva, bem chata. Em terceiro lugar, depois de muito tempo temos 03 foras de série nas pistas, em grande forma e com grandes máquinas; Vettel, Alonso e Hamilton. E talvez a falta de um brasileiro brigando pelo título diminuiu um pouco o tom ufanista das transmissões, ficando bem mais agradável assistir as provas, principalmente nos clássicos circuitos europeus.
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