domingo, 26 de junho de 2011

PÉ NO FUNDO EM VALÊNCIA

Olá leitores!

Como eu desconfiava, nem as mágicas do regulamento (KERS, asa móvel, a proibição do uso dos gases do escapamento para aumentar a aderência) foram suficientes para tornar o GP da Europa uma corrida vagamente emocionante. Essa edição ainda foi pior pois na hora da corrida eu não estava em São Paulo e na cidade em que eu estava não pegava nenhuma das emissoras de rádio que eu costumo ouvir enquanto abaixo o volume da TV para o mínimo. Que dureza ouvir o Galvão Bueno... enfim, espero que tenha servido para reduzir meu tempo no Inferno.

Bem que a FIA tentou aumentar a emoção. Quando viram que a Red Bull foi a equipe que melhor utilizou o extrator de ar da parte traseira do carro para aumentar a aderência através do direcionamento dos gases do escapamento para lá, proibiram tal artifício aerodinâmico no meio da temporada. Mudaram as regras no meio do jogo. Resultado? Nova vitória do Vettel , a 6ª em 8 corridas. Talvez a coisa dê certo em pistas que tenham curvas de alta velocidade, como Silverstone (a próxima pista), Spa-Francorchamps, Monza, até Interlagos. Mas numa obra mal feita do Hermann Tilke, nem em pesadelo. Se ele não consegue fazer pistas que garantam a emoção quando parte de uma folha em branco, o que dizer de uma pista adaptada em uma zona portuária?

A corrida? Ah, é. O Vettel largou na frente e não mais foi incomodado. Simples assim. O Webber começou a corrida bem, mas não foi o suficiente para parar um Alonso com a motivação extra de correr perante sua torcida, e terminou num bom 3º lugar.

Alonso mais uma vez tirou azeite extravirgem da pedra e, contando com uma boa estratégia de pit stops, conseguiu terminar a prova em 2º. Massa – que é um bom piloto mas não é nada fenomenal – fez o que estava ao alcance dele, terminando em 5º. Ah, mas a equipe o prejudicou no pit stop; sim, a equipe errou de novo, mas isso não justifica a enorme diferença dele para o Webber nem a diferença maior ainda para o Alonso. Ainda acho que o ciclo do Massa na Ferrari acabou e que ele deveria buscar outra equipe.

O Hamilton largou mal, mas se recuperou sobre o Massa e terminou num bom 4º lugar. Button esteve totalmente apagado. Também, convenhamos que a não ser que se tenha o talento do Vettel, do Hamilton e do Alonso fica muito difícil fazer uma boa corrida numa pista dessas...

No resto do pelotão, o Rubinho largou em 13º e terminou em 12º, o Schumacher não vinha mal até achar o Petrov no caminho e quebrar a asa dianteira, o Alguersuari largou em 18º e terminou em 8º parando apenas 2 vezes e o Karthikeyan bateu um recorde: como ninguém abandonou a corrida e ele foi o último colocado, tornou-se o piloto a terminar uma corrida na pior posição da história da categoria. Não sei se ele se orgulhará de seu recorde, mas enfim, é dele.

Ainda bem que Valência passou! Próxima corrida, daqui a dois domingos, no renovado circuito de Silverstone. Já vi a nova configuração da pista na corrida de MotoGP, e o grande problema é que mudaram os boxes de lugar e perdi completamente as minhas referências das parciais de cronometragem da pista. OK, eu sou um dos poucos doidos que ficam gravando posicionamento das parciais de cronometragem, onde é medida a velocidade máxima, se a área de escape é assim ou assado... mas, enfim, é uma pista onde as emoções acontecem naturalmente.

Até a próxima!

Alexandre Bianchini

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