quarta-feira, 29 de junho de 2011

O que é isso, companheiro?

Eu tento, na medida do possível, afastar esse nosso espaço das polêmicas extra campo, que só servem para azedar a nossa paixão pelo futebol e são, ao meu ver, inócuas. O meio do futebol é corrupto, cínico, fétido. Eu sei disso e o leitor também, mas, bola pro mato que o jogo é de campeonato.

Entretanto, quando a patifaria envolve nossos ídolos, pessoas que a gente aprendeu a amar e respeitar a coisa muda de figura. Aí eu tenho que meter minha colher, sim. Foi mais ou menos isso que aconteceu na discussão, pela imprensa, entre o Carlos Alberto Torres (o capitão de 70) e o Tostão sobre a tal da aposentadoria aos campeões mundiais de futebol.

Quem não sabe da polêmica toda, vai de “Google”, que dá pra entender. Em suma, o nosso ex-presidente apresentou proposta para que os jogadores de futebol, campeões mundiais recebessem uma aposentadoria especial do governo pelos serviços prestados ao país. O Tostão, de cara, afirmou ser contrário à proposta, deu os seus motivos e chegou a dizer que devolveria todos os valores que porventura viesse a receber. O Capita, por sua vez, favorável à aposentadoria chamou o Tostão de demagogo e de outros adjetivos que prefiro não postar para manter o nível do nosso Patativa. O Tostão retrucou e, enfim, está feito o imbróglio.

Não quero entrar no mérito, nem vou dar a minha opinião sobre a tal aposentadoria especial. Não cabe nesse espaço. Quem quiser saber o que penso sobre o assunto, favor deixar uma cerveja paga no botequim. O que vale dessa história é o barraco envolvendo os 02 grandes ídolos do futebol brasileiro. Desde pequeno ouço falar da grande Seleção de 1970. Assisto aos teipes dos jogos na TV Cultura e adotei esses craques de outra geração como meus ídolos, como exemplo do que um jogador deve ser. E agora, os caras me vêm com essa?

Com o perdão da semelhança, foi como se a Luciana Vendramini e a Luana Piovani se estapeassem em algum forró por causa do Vagner Love. Para o leitor ter uma idéia de quão brochante foi a notícia.

Enfim, os ídolos têm um lugar especial em nossos corações e contribuem, sim, para a nossa formação como indivíduos. Idealizamos essas pessoas. Gostaria de um dia ter a companhia do Tostão ou do Carlos Alberto em algum churrasco. Seria uma experiência única. Por isso, em nome da minha já combalida paixão pelo futebol, imploro, dêem um fim nesse barraco!

4 comentários:

Sérgio Oliveira disse...

Já deixei a cerveja paga no boteco, agora... conta ai... acha que merecem aposentadoria?

Mario disse...

Que coisa, acho que esta briga não precisava ter chegado a tanto. Mas acho que a ajuda não precisava vir da Receita. Pois, se for assim, o pugilista Éder Jofre poderia também requisitar uma aposentadoria, ou o nosso César Cielo quando pendurar as nadadeiras. A CBF poderia ajudar de "n" maneiras, como vendas de camisas retrô que hoje não existe, ou todo um material voltado para a conquista das três Copas, como kits contendo DVDs, revistas, e por aí vai. Sem contar com a grana que a CBF já dispõe.

Cesar Augusto disse...

Estou mais com o Mario. Quer ajudar? Beleza, mas quem deve fazê-lo é a CBF que é milionária. Não tem nada a ver dar aposentadoria só porque o cara foi campeão do mundo de futebol. E a Maria Esther Bueno? E o time de basquete bi campeão mundial? E o Guga? Do jeito que o projeto foi apresentado é demagogia pura. Acho que uma boa sugestão seria reduzir o tempo de contribuição para os atletas gozarem do benefício. Mas, assim, não dá. Beleza. Dei minha opinião, posso tomar a minha breja agora.

Alexandre Absy disse...

O assunto é realmente polêmico, aposentadoria especial por terem sido campeões mundiais, abrirá precedentes para o mesmo em outros esportes, e ai, vai virar a casa da mãe Joana, mais do que já é. A CBF é quem tem que cuidar disso, acho mais justo.