domingo, 8 de maio de 2011

PÉ NO FUNDO NA TURQUIA

Olá leitores!

No Dia das Mães, a mãe do Vettel está feliz da vida e a do Massa deve estar com vontade de lhe dar umas chineladas de Havaianas. Naquele que provavelmente foi o último GP da Turquia (as arquibancadas vivem vazias e o governo não está muito disposto a continuar pagando a dinheirama que o Tio Bernie quer cobrar para a realização da prova no país), vimos uma boa demonstração da superioridade da Red Bull sobre as outras equipes em condições de treino: Vettel bateu no primeiro treino, destruiu o carro, não andou mais na 6ª feira, os mecânicos reconstruíram o carro... e ele fez a pole position com 45 centésimos de segundo sobre o companheiro e mais de meio segundo sobre o 3º colocado (Rosberg), além de enfiar 8 décimos sobre o Alonso – que é extremamente chorão mas pilota como poucos.

O domínio da Red Bull só não foi maior pois o Webber largou do lado menos emborrachado (e menos aderente) da pista e perdeu a posição para o Rosberg, tendo depois que suar um bocado debaixo do macacão para recuperar a posição. Depois, lá na segunda metade da corrida, o Alonso conseguiu dar um calor no Webber, mas não passou disso.

E tudo aquilo que o Alonso fez de certo, o Miojinho fez de errado. Desperdiçou um jogo de pneus macios para passar pelo Q1 (com Ferrari, não com Williams, vamos ressaltar), não marcou tempo no Q3 pois cometeu um erro na volta lançada e resolveu em conjunto com a equipe poupar uma volta do pneu para a corrida, aí largou em 10º e terminou em 11º... a Ferrari errou com os dois pilotos, mas além dos erros da equipe o Massa ainda fez outros erros por conta própria. Sofrível. Menos mal que em ritmo de corrida a Ferrari (ou ao menos a Ferrari do Alonso) ainda consegue ser razoavelmente veloz.

Em situação oposta está a Mercedes, com ótimo desempenho nos treinos e um ritmo de corrida pouco inspirado. Mas nada que justifique o apagadésimo desempenho do Schumacher, que foi ultrapassado por todos os lados, inclusive pelo ótimo Kobayashi com duas rodas na grama... O Schumacher, assim como o São Marcos do Parque Antártica, deveria se aposentar definitivamente antes que sua imagem fique muito desgastada pelas suas apresentações de fim de carreira. Já basta o Romário que só pagou mico. Rosberg terminou em um bom 5º lugar, após largar em 3º.

A McLaren começou o ano muito bem, mas está deixando o bonde da perseguição à Red Bull passar. No treino até que não foram mal, mas o Hamilton terminou a corrida 40 segundos atrás do Vettel... muita coisa para quem estava brigando com os touros vermelhos na fase asiática da temporada. Button, com estratégia errada, ficou mais para trás ainda, em 6º lugar.

Se a Renault achou que a experiência do Heidfeld (mais de 200 GPs) faria a equipe evoluir... se enganou. Quem está dando as cartas no time é o Petrov, e convenhamos que para fazer o que o Heidfeld está fazendo, poderia ter colocado um dos 5 pilotos reservas que foram preteridos a favor dele após o terrível acidente do Kubica (que já recebeu alta do hospital e está numa casa do seu empresário na Itália para continuar a longa recuperação e fisioterapia).

A situação na Williams está tão ruim que até o rei do otimismo Rubinho está desanimado nas entrevistas. Poucas pessoas acumulando muitas funções na equipe, um projeto que nasceu errado, e no meio da semana houve uma reformulação total, com diversas pessoas chave já sabendo que no fim da temporada estarão fora da equipe. O melhor desempenho mesmo foi o 11º tempo na classificação, onde o Rubinho tirou o Ronaldo Fenômeno de dentro da cartola. Na corrida, fez o que pôde, ou seja, terminou a corrida.

Próxima corrida, dia 22 de maio em Barcelona. Vamos ver se a asa móvel e o KERS, aliados aos pneus que se esfarelam rápido, fazem daquela corrida algo um pouco mais emocionante pois historicamente a prova é muito chata.

Até a próxima!

Alexandre Bianchini

4 comentários:

Mario disse...

Não era na Turquia que o Massa gostava de correr? Não sei se é coincidência, mas depois da molada que ele levou na cabeça parece que nunca mais foi o mesmo. Infelizmente Alonso (o asqueroso) o está deixando pra trás, literalmente.

Sérgio Oliveira disse...

Vi um pedaço da corrida. Não achei nada animador. A competição passou a ser decidida na troca de pneus, na escolha disso e daquilo antes da corrida e uma enorme estratégia que envolve uma corrida, menos o mais importante: passar o cara da frente!!

Bianchini disse...

Mario, realmente o Massa nunca mais foi o mesmo após a molada. Justiça seja feita, não é o primeiro piloto a sofrer um acidente de graves consequências e voltar um segundo mais lento. Acho que o caso mais gritante foi com o Karl Wendlinger, que foi um cara que venceu o Michael Schumacher na F-3 alemã, sofreu um acidente forte em Mônaco (a prova seguinte às mortes do Ratzemberger e do Senna), ficou 3 semanas em coma e voltou uns 2 a 3 segundos mais lento... acabou seus dias correndo de carros de turismo.
Sergio, quanto às ultrapassagens aí depende do piloto: o Massa apanhou para ultrapassar o Rosberg, o Kobayashi passou o Schumacher do jeito que quis... eu faço campanha para a naturalização do Kobayashi como brasileiro!!!!
Abraços!

Mario disse...

Então está esclarecido. O que anda acontecendo com Massa não é lenda urbana. Vamos torcer para que ele recupere logo este 1 segundo antes que a Ferrari de um kick nele!