
Ainda não foi desta vez que o tal tabu francês não foi quebrado; nova derrota da Seleção Brasileira contra os "Le Bleus" no amistoso da última quarta-feira. Desde que a Seleção Canarinho vencera o time mais ofensivo da Copa de 1958 liderada por Fontaine, parece que uma maldição caíra sobre os brasileiros quando as duas seleções passaram a se enfrentar: Bola que bate na trave, nas costas de goleiro e entra no gol (Carlos 1986), convulsão do maior jogador do mundo (Ronaldo 1998) e jogador ajeitando o meião na hora do gol (Roberto Carlos 2006).
Talvez o futebol seja o esporte que o misticismo esteja mais presente, mas também podemos ser bastante racionais para explicar esta última derrota da seleção: Um time normal contra outro absolutamente comum. Lembrando que a ordem das seleções não altera o sentido da frase. O fato é que não teve nenhum atrativo neste confronto que até pode ser considerado um clássico pelo confronto em Copas. Não conhecia quase ninguém na seleção da França (só Galvão Bueno que achava o tal do Menez um craque) e também fui apresentado a alguns jogadores da Seleção Brasileira que ainda não conhecia(como Renato Augusto, Sandro e Jadson, muito prazer) e outros que acompanhei muito pouco ( David Luiz e o incrível Hulk). Descupem se estou sendo prepotente, mas o atual meio campo santista (composto por Paulo Henrique Ganso, Elano, Arouca, Charles ou mesmo o Neymar que é atacante) é bem melhor que este meio de campo que jogou contra a França.
Também tivemos o lance do Hernanes que deve ter acabado de assistir o UFC com Anderson Silva nocauteando o Belfort. A diferença é que o campeão do UFC foi bem mais preciso. E que precisão.
Outra decepção ficou com as substituições de Mano Menezes. Tirou Robinho para colocar o tal do Sandro que não reconheceria se o encontrasse numa fila de supermercado. Saiu um atacante para entrar um homem de contenção. Isto porque a Seleção precisava do gol. Para complicar, colocou já por volta dos 40' da etapa final o incrível Hulk no lugar do Pato que também só patinou. E o André aos 43' como se ele pudesse fazer alguma coisa faltando dois minutos e mais um acréscimo. Já tenho visto este filme nos últimos anos e voltei a vê-lo novamente: atitude puramente defensivista do Mano. Será que ele estava com medo de ser goleado por um time... absolutamente comum?
Já que o futebol apresentado por ambas seleções foi aquele que já estamos cansados de ver, a única novidade (além dos "craques" da Seleção que ainda não conhecia), foi a estréia dos novos uniformes. Por sinal de muito bom gosto o uniforme francês, acho que o mais bonito que já fizeram para esta seleção. Só o futebol que não consegue acompanhar. Até compraria, se esta seleção não me trouxesse lembranças tristonhas. E a da Seleção Canarinho, como não há mais nada que inventar, colocaram uma tarja verde no peito. Mas não chega ser feia. Pelo menos é uma camisa sustentável, feita da reciclagem de garrafas pet.
E que o futebol da Seleção também se recicle na sua forma de jogar, principalmente quando puder contar com todos os seus jogadores.
4 comentários:
Já que o futebol esteve longe de encher os olhos, elogiemos a camisa da França. Pessoalmente colocaria mais alguns detalhes em branco, ficou muito parecida com umas da Itália de algum tempo atrás (antes da era "baby look").
Já a do Brasil... nunca antes na história desse país houve uma camisa da seleção tão feia! De onde tiraram aquela faixa? Daqui a pouco vão fazer uma listrada verde e amarelo nos moldes da camisa do Sporting Lisboa, trocando o branco pelo verde...
Vai ser uma dureza acompanhar essa $eleção mais 03 anos. E que camisa foi aquela? A da França é linda, se encontrar no camelô por cinquentinha até compro a danada. Agora a do Brasil é ridícula. Quem desenha essas camisas? O Genival Lacerda ou o Agostinho (Grande Família)? Será que nesse país não tem um figurinista, costureiro, estilista ou carnavalesco capaz de fazer uma camisa decente? Essa eu não compro e, por favor, não me dê de presente de amigo secreto.
Nike pode até ser uma empresa séria, mas sempre pecou pelo gosto! Em relação a seleção, acompanhei uma parte do jogo, e vi uma coisa tão burocrática quanto no tempo do Dunga. Assim, por causa da camisa, temos um pouco mais do que reclamar.
O jogo foi simplesmente péssimo, sem comentários cabíveis. Quanto a camisa, a história é a seguinte:
A listra verde na horizontal é uma homenagem a índios brasileiros (não lembro de qual tribo) que faziam o mesmo desenho no peito ao irem para guerra. Infelizmente, ficou muito feia...
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