sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Para os fãs de futebol, o 2011 começou com muito mais do mesmo.

No início do mês de dezembro, aproveitei a pausa do Patativa da Bola para tirar merecidas férias do nobre esporte bretão. E olha que aqui no Brasil os torcedores e fãs de futebol merecem um descanso, pois, se deixar tem jogo todo dia. Os jogadores reclamam do excesso de jogos mas não dispensam aquela peladinha de final de ano, regada a churrasco e cerveja. Nós, sim, precisamos de férias para recarregar as baterias. Sem bola, sem pretensos craques e sem cartolagem. Foi isso que tentei fazer no último mês, mas, quem disse que consegui? Basta a bola parar de rolar para entrar em cena a Rede Nacional de Boataria. Uma seqüência de noticias tão seguras e consistentes quanto um abajur de areia.

Nesse quesito, muitos deram os seus palpites, mas, ninguém desempenhou melhor serviço para a Rede Nacional de Boataria que o ex-jogador de futebol Neto, no seu programa pela televisão e nas suas twitadas. Infelizmente, para os corintianos, o time do Parque São Jorge foi o alvo favorito do boateiro de plantão. Ora o Imperador Adriano estaria acertado com o Corinthians, ora era o Ronaldinho Gaúcho e, recentemente, sobrou até para o Luis Fabiano. Quero crer que os boateiros não façam por mal, apenas divulgam as informações que lhe são passadas por pessoas de sua confiança, mas, não faria mal algum checar as informações melhor antes de divulgá-las em rede nacional. O torcedor merece ser informado de maneira mais precisa.

E a Copinha, hein? Quem tem mais de 30 primaveras, como eu, deve lembrar que a Copa São Paulo de Futebol Junior era um torneio que reunia os principais clubes do país, com jogos somente na Cidade de São Paulo, bom público nas partidas e boas revelações em campo. Mas, a Federação Paulista resolveu atender as regras do mercado vigente e transformou o nosso torneio num “show room” de empresários. Agora, são 92 times, jogando em “duzentas” cidades diferentes, em campos de péssima qualidade e sem público. A Copinha virou um amontoado de jogadores e times, sem expressão nacional, que não permitem sequer uma observação mais atenta sobre o desempenho desse ou daquele jogador. Posso até ser chamado de saudosista, mas, essa Copinha virou um evento intragável de início de ano, a exemplo do BBB e da cobertura das enchentes no Brasil.

Por falar em enchentes, nada chama mais a atenção do que a desfaçatez de governadores e prefeitos diante da tragédia quase que anunciada. Pelo visto, o jeito é transferir as eleições para o mês de janeiro. Talvez, assim, seja mais difícil convencer algum eleitor soterrado ou alagado a votar contra reeleição desses caras.

Para não deixar passar em brancas nuvens, a Marta foi eleita melhor jogadora do mundo pela enésima vez e conseguiu ser capa de todos os cadernos esportivos do país. Embora ela mereça essa atenção repentina da crônica esportiva, isso somente demonstra que não damos a menor pelota para o futebol feminino. Se formos buscar nos arquivos dos jornais pelo país veremos que a ultima vez que a Marta foi capa de jornal foi...vejamos,...ano passado quando ela ganhou o mesmo prêmio. Isso sem falar que essa atenção concedida à Marta somente foi possível porque não tivemos nenhum brasileiro finalista da Bola de Ouro. Mas, tudo bem, esse é o nosso país rumo a ser uma potência olímpica.

Apenas para completar a seção indignação desse post, que tal o formato de disputa do Paulistão? E tem gente que acha que não pode piorar, hein? Como se não bastassem as infindáveis rodadas disputadas em sistema de pontos corridos (para não decidir nada), agora teremos 08 classificados para a fase final. Uma forma de evitar que os grandes clubes não fiquem de fora da fase decisiva (aquela que, convenhamos, é a única que vale). A cartolagem, como sempre, bateu palmas. Mas, se o objetivo era esse, porque não permitir a entrada dos clubes grandes somente na fase final, permitindo mais tempo de preparação? Não teria mais lógica? Melhor deixar pra lá.

E a novela do Ronaldinho Gaúcho? Confesso que não acreditava que a novela do Silvio de Abreu (Passione) pudesse encarar tamanha concorrência. Uma hora a Clara tinha mudado, estava arrependida e o Ronaldinho dizia que, se dependesse dele, estaria com a camisa do Grêmio. Outra hora a Clara resolve trair o Totó para ficar com a sua fortuna e o empresário/irmão do Ronaldinho resolve negociar paralelamente com o Palmeiras e, discretamente, com o Flamengo. De repente o Totó simula a própria morte e aparece em cena o vice-presidente do Milan na jogada. Quando tudo parece estar resolvido com a volta do Ronaldinho ao Grêmio, com direito a show dos Engenheiros do Havaí (deveríamos ter desconfiado disso), a Clara é presa e o Fred é solto com a ajuda de sua pior inimiga. E o melhor, a reviravolta da novela aconteceu entre um espeto de picanha e um de coraçãozinho de frango, numa churrascaria do Rio. A Clara foge da cadeia, simula a própria morte e vai parar no Caribe. Por sua vez, o Ronaldinho assina contrato com o Flamengo, que tinha aparecido na história somente no último capítulo, a exemplo da Patrícia Pilar, que só apareceu na trama para o Tony Ramos não terminar a novela sem dar beijo na boca de ninguém. Fim de novela. O Flamengo ficou com jogador que tanto queria para trazer dinheiro ao clube. O Palmeiras ficou com a sua crise política e com um time sem grandes pretensões para a temporada e, o Grêmio, ora o Grêmio estará na disputa por mais um título internacional, sem o Ronaldinho, é verdade, mas, se ganhar a Libertadores, o show dos Engenheiros do Havaí já está contratado... minha infinita highway... highway...

2 comentários:

Sérgio Oliveira disse...

Boa, Geléia!!

Não aparece nunca, mas quando chega aqui, sempre faz o resumo de tudo que precisamos saber.....rsrsrsrs

Mario disse...

A copinha virou mesmo uma esculhambação, assim como esta fórmula do Paulista que parece ser grotesca; 8 classificados com só um jogo de ida?
E torçam para a Libertadores também não piorar...