
Olá leitores!
Enquanto preparo a coluna Pé no Fundo Especial 2010 / 2011, com o “rescaldo” da temporada e alguns palpites para o próximo ano, não poderia deixar de comentar – como ítalo-descendente corneteiro que sou – sobre a escolha das sedes da Copa do Mundo de 2018. Sendo os postulantes Bélgica / Holanda, Portugal / Espanha, Rússia e Inglaterra, vejo com certa temeridade essa escolha.
A candidatura conjunta Portugal / Espanha parece-me a mais complexa, por serem países que estão bem nas apostas para ser a próxima Grécia (ou próxima Irlanda) e “quebrarem” economicamente. A candidatura Bélgica / Holanda parece muito interessante, por serem dois países com tradição futebolística que não sediaram uma copa ainda... até nos atermos ao noticiário e descobrirmos que a dívida pública da Bélgica é igual a 100% do PIB. Outra séria candidata à bancarrota.
Restam a Inglaterra e a Mãe Rússia. A Ingaterra já sediou a copa de 1966, possui bons estádios (embora eu não saiba se a maioria atende as especificações nababescas e faraônicas da FIFA) e um público tão ou mais apaixonado por futebol que o brasileiro... mas a crise econômica está forte por lá também, com diversos clubes grandes passando por dificuldades financeiras (o Liverpool, atolado em dívidas, recentemente foi vendido para o fundo de investimentos Fenway, dono do time de beisebol norte americano Boston Red Sox, um dos mais populares do país) e que está promovendo grandes ajustes nos seus sistemas trabalhistas. Além disso, já sediará as Olimpíadas de 2012. A Rússia não tem muita tradição no futebol, embora tenha antigos clubes como o Dinamo e o Lokomotiv, mas dinheiro não tem faltado por lá. Paralelamente às Olimpíadas de Inverno de 2014, em Sochi, a mesma cidade deverá receber nesse mesmo ano o primeiro GP de Fórmula 1 da Rússia, em um circuito de rua dentro do parque olímpico.
Pessoalmente, não acredito que a FIFA escolheria um país que não tivesse condições econômicas para atender às especificações dignas de faraós egípcios que a entidade faz para os estádios – o que me deixa com uma dúvida enorme sobre o motivo da escolha do Brasil. Será que rolou uma “mala branca”? Enfim, se eu tivesse de apostar, apostaria na Rússia, mas como os mistérios da FIFA são insondáveis, tudo pode acontecer. Esperemos o comunicado oficial!
Alexandre Bianchini
4 comentários:
O Brasil foi escolhido por pura falta de opção, na minha opinião. A Am. do Sul precisava sediar o Mundial para atender a uma promessa de campanha do Blatter, que queria rodízio permanente entre os continentes. O continente sulamericano, por razões óbvias ($$)apoiou a candidatura com chapa única brasileira. Os dirigentes da Fifa, então, não puderam leiloar os seus votos, como o fizeram recentemente. A firma não ganhou dinheiro na candidatura brasileira, mas, ainda vai ganhar. O Brasil ganhou pela falta de concorrentes. O problema é que, agora,com o fim do rodízio, a Fifa pode ameaçar levar o Mundial para outro país (na Europa, na Ásia, na Am. do Norte) caso o Brasil não consiga cumprir os encargos ou então passe a fiscalizer a atuação da Fifa no país.
Deu Rússia!
Moscou é a terceira cidade mais cara pra se viver, perdendo de Nova Iorque e Tóquio. Logo, o turismo vai ganhar muito com isso. Já o Qatar em 2022, é o país das maravilhas arquitetônicas... estão prometendo até estádio com ar condicionado.
O futebol virou pano de fundo para o grande show-business.
A Russia vai sediar... Que frio heim!!
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