Triste e breve história do Peixe e a Raposa.

Uma Triste História (1ª Parte)

Santos e Cruzeiro fizeram um clássico tristonho pela última rodada do primeiro turno. Também não poderia ser diferente, pela posição das equipes na tabela e pelos problemas que ambas tiveram este ano. No começo da partida, um Luxemburgo pouco ambicioso: " Jogar aqui é sempre muito difícil", foram as primeiras palavras do técnico. Em outros tempos, o comandante santista provavelmente diria: " Respeitamos o Cruzeiro, mas temos condições de buscar os três pontos". Com o técnico Adílson do Cruzeiro também não era diferente, apresentando uma fisionomia tristonha e um olhar distante.

Dentro de campo, duas equipes sem criatividade e vibração. O Santos com jogadas previsíveis e burocráticas; bem diferente dos times anteriores de Luxemburgo. O Cruzeiro a mesma coisa, pouco lembrava o time que jogou a Libertadores. O resultado de 0x0 ficou de bom tamanho, embora as duas equipes tiveram chances, com Felipe fazendo uma defesa de mão trocada e outra milagrosa no segundo tempo para o lado santista, e Kléber Pereira perdendo duas chances cara-a-cara com o goleiro Fábio, exigindo menos do defensor celeste.

Uma Breve História (2ª Parte)

Santos e Cruzeiro já protagonizaram uma das maiores rivalidades do nosso futebol, sendo alavancada principalmente pela conquista da Taça Brasil pelo time celeste em 1966. Grandes duelos foram travados a partir de então, ganhando a denominação de jogo dos "Deuses" numa matéria da revista Placar em 1970, em virtude dos craques que as equipes possuíam: Pelé, Tostão, Clodoaldo, Wilson Piazza, Gilmar, Raul Plassman, Edu, Natal, Toninho Guerreiro, Dirceu Lopes, Marinho Perez, Perfumo, Joel Camargo, Fontana, Ramos Delgado, Brito, Lima, Zé Carlos, dentre outros.

Para encerrar esta breve história, a ficha técnica de uma partida realizada pelo Torneio Roberto Gomes Pedrosa em 1970, em que Pelé não atuou. (Chamo atenção para as escalações das duas equipes):

Cruzeiro E.C 1 x 1 Santos F.C (Torneio Roberto Gomes Pedrosa)
Data: 27/09/1970
Local: Mineirão - Belo Horizonte
Público: 50.513
Árbitro: José Aldo Pereira
Gols: Nenê 27' (Santos) - Tostão 70' (Cruzeiro)
Santos: Cejas; Carlos Alberto Torres, Ramos Delgado, Djalma Dias e Turcão; Clodoaldo e Lima; Manoel Maria, Douglas (Picolé), Nenê e Abel (Léo Oliveira). Técnico: Antoninho Fernandes.
Cruzeiro: Raul; Pedro Paulo, Brito, Wilson Piazza e Vanderley; Zé Carlos, Dirceu Lopes e Tostão; Natal, Evaldo (Eduardo) e Hilton Oliveira (Rodrigues). Técnico: Filpo Nuñes