segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A última amarelada do time Tricolor custou três pontos na Bahia





Não sou profeta. Muito longe disso. Entretanto, acho que já vi tanto futebol na minha vida que atualmente é muito raro algum resultado dentro das quatro linhas surpreender-me. Por essa razão o resultado do jogo de sábado entre Bahia e São Paulo (4 a 3 de virada para os baianos) não chegou nem a causar uma leve palpitação. O roteiro já estava escrito logo na entrada das duas agremiações. O São Paulo veio com a sua famosa muleta 3-5-2. Muleta sim. Nos últimos anos, basta um treinador não conseguir os resultados esperados nas primeiras partidas para, pressionado, partir para o esquemão de três zagueiros, cinco homens no meio-campo (sendo que apenas um pode ser chamado de meia) e dois atacantes. Dizem que o presidente gosta. Não sei, não. Parece intriga da oposição. A verdade é que o São Paulo conquistou muitas vitórias dessa forma e hoje existe muita resistência à mudança de esquema tático. A diferença é que não temos, atualmente, jogadores para desempenhar bem essas funções, principalmente na defesa.


O São Paulo, até o gol do Wellington, vinha jogando com a mesma mesmice, a mesma aridez na articulação das jogadas. E, nesse particular, a estratégia até que funcionou, pois, contaminamos os baianos com a febre da mediocridade. Jogo terrível para o público. O gol inesperado desesperou os baianos que abriram espaços para a promessa Lucas e para o artilheiro Luis Fabiano. Os paulistas poderiam ter goleado não fossem três detalhes que podem ser considerados importantíssimos no jogo: as traves, a bola e o campo.


Os baianos reagiram e empataram, mas, os paulistas tomaram a frente logo na seqüência. O jogo estaria no papo para o Tricolor paulista se o Cícero não tivesse feito a bobagem de anotar o terceiro gol e colocar o São Paulo em vantagem de 3 a 1. Acreditem, com um time acomodado como esse do São Paulo, uma vantagem de dois gols é um caso sério.


Entra em cena o velho Joel Santana. Sem nada a perder numa partida daquelas, tentou uma manobra suicida e colocou o Lulinha, o eterna promessa, no lugar do Magno, que, até aquele momento fazia número em campo. A idéia do Mestre Joel era clara; - entra aí, garoto, e decide o jogo! E não é que o tal de Lulinha marcou um gol? A parti daí, meus caros, o que se viu foi um time lutando pelo resultado, empolgado, comprometido com o jogo e um grupo de covardes, atabalhoados, sem coração e sem compromisso com a sua própria profissão cometendo erro atrás de erro. Até que o Bahia empatou o jogo. Sem surpresa alguma, os baianos marcaram o quarto gol e merecidamente ganharam a partida, mantendo as esperanças de permanência na Série A. O São Paulo, por sua vez, fez o papelão de sempre. Envergonhou a sua torcida que mais uma vez saiu de campo com um sorriso pra lá de amarelado. Os jogadores, bem, os jogadores já estavam amarelos bem antes do apito final.

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