Percebi que estou sem muita paciência para a leitura dos cadernos de esportes dos jornais. Está difícil ler sobre futebol. Melhor dizendo está difícil encontrar futebol para ler nos jornais. O jogo, a bola está tudo em segundo plano. É muita especulação, muita denúncia, muito bastidor, mas, futebol que é bom, só no rodapé.
Não faço muita questão de ler sobre as crises políticas dos clubes ou sobre as fétidas denúncias que pesam sob os nossos cartolas. Isso não faz de mim um alienado, mas, gostaria que de vez em quando algum jornalista escrevesse algo sobre o jogo, sobre aquele lance que decidiu a partida, sobre aquele passe, aquela bola no travessão. As coisas que realmente importam no jogo, pois, se a política, a especulação, a balada de determinado jogador passa a ser mais importante do que o jogo está na hora de “pedir a conta” e “passar a régua”.
O relato jornalístico de uma partida de futebol, nos dias de hoje é quase um livro de química; 4-5-1, 3-5-2, 4-4-2, 50% disso, 20% daquilo, com dois “cientistas malucos” no comando. Os técnicos de futebol. O jogador só é lembrado nessa história toda quando é expulso, quando xinga o técnico após a substituição ou quando tem uma atuação excepcional, indigna de reparos. Mesmo assim, graças ao técnico que finalmente escalou o craque na melhor posição.
Nisso foi-se um parágrafo e meio. As outras duas páginas inteiras do jornal falam sobre a política do clube, sobre as especulações de transferência do Fulano ou do Sicrano, a instabilidade do time, a fritura do técnico ou algum ato de violência cometido nas cercanias do estádio. E só isso. Assunto encerrado. Noventa minutos jogados e absolutamente nada a dizer ou escrever.
Acho bacana essa nova geração de jornalistas investigativos criados nas redações de esporte dos jornais, inspirados no jornalismo que permeia a cobertura política, mas, tudo tem limites. Futebol não pode ser somente investigar dirigentes, empresários e jogadores. Para escrever sobre futebol é preciso gostar desse jogo de uma forma quase infantil, saber identificar a arte de um drible, de uma “matada” no peito, de um cruzamento certeiro. É saber apreciar aquele 0x0 como se fosse a final da Copa de 1970.
Não faço muita questão de ler sobre as crises políticas dos clubes ou sobre as fétidas denúncias que pesam sob os nossos cartolas. Isso não faz de mim um alienado, mas, gostaria que de vez em quando algum jornalista escrevesse algo sobre o jogo, sobre aquele lance que decidiu a partida, sobre aquele passe, aquela bola no travessão. As coisas que realmente importam no jogo, pois, se a política, a especulação, a balada de determinado jogador passa a ser mais importante do que o jogo está na hora de “pedir a conta” e “passar a régua”.
O relato jornalístico de uma partida de futebol, nos dias de hoje é quase um livro de química; 4-5-1, 3-5-2, 4-4-2, 50% disso, 20% daquilo, com dois “cientistas malucos” no comando. Os técnicos de futebol. O jogador só é lembrado nessa história toda quando é expulso, quando xinga o técnico após a substituição ou quando tem uma atuação excepcional, indigna de reparos. Mesmo assim, graças ao técnico que finalmente escalou o craque na melhor posição.
Nisso foi-se um parágrafo e meio. As outras duas páginas inteiras do jornal falam sobre a política do clube, sobre as especulações de transferência do Fulano ou do Sicrano, a instabilidade do time, a fritura do técnico ou algum ato de violência cometido nas cercanias do estádio. E só isso. Assunto encerrado. Noventa minutos jogados e absolutamente nada a dizer ou escrever.
Acho bacana essa nova geração de jornalistas investigativos criados nas redações de esporte dos jornais, inspirados no jornalismo que permeia a cobertura política, mas, tudo tem limites. Futebol não pode ser somente investigar dirigentes, empresários e jogadores. Para escrever sobre futebol é preciso gostar desse jogo de uma forma quase infantil, saber identificar a arte de um drible, de uma “matada” no peito, de um cruzamento certeiro. É saber apreciar aquele 0x0 como se fosse a final da Copa de 1970.
3 comentários:
Não é um problema apenas do caderno de esporte, no geral as informações de outras áreas, como economia, política e social são superficiais.
Ai que saudades do Armando Nogueira.
Antigamente havia uma maior preocupação com a escrita e com a informação. A preocupação de hoje é com o "sensacional"; informar, é o que menos importa.
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