
Não era para ser. A verdade é que não era para ser em nenhum desses cem anos de história. O título da Libertadores, tão querido e desejado por todos os corintianos, é a esperança que não morre. Tudo bem que poderíamos sair dessa história sem “a pior participação de um time brasileiro”. O ruim mesmo: nossa pior participação. Mas alguma coisa diz que tinha que ser assim.
A competição não começou ainda, o que chamam de fase de grupos, que começará na próxima semana, terá apenas os merecedores. Aquelas campanhas medíocres nos nacionais merecem uma repescagem de dois jogos. Então, não pensem os torcedores que perdemos apenas do Tolima; “perdemos” do Goiás, time rebaixado no brasileirão. No ano passado perdemos para algumas coisas bem piores, tecnicamente inferiores ao time colombiano. Então, esqueçamos o sarro dos torcedores adversários sobre a desclassificação: a realidade é que não merecemos nem participar da Libertadores desse ano.
Tudo estava desenhado: o time não faria a melhor participação da sua história, apesar de toda promessa dos jogadores. Esses estão virando políticos, mais do que atletas. O tal planejamento foi um terço do ano passado: a dificuldade em relação a definição do treinador, contratação de jogadores e limpeza da área foi a pedra no sapato corinthiano. Mas, como sempre acontece, parecia que as coisas acabariam funcionando meio torto, meio sem jeito; levando “como dava”. Apesar do Ronaldo, não conseguimos levar com a barriga. Eliminação merecida, infelizmente.
E o craque, ídolo e principal símbolo do governo Sanches; passou de herói ao vilão de uma derrota para a outra. Não que eu queira defender o jogador, acho que ele realmente tem grande culpa nisso tudo; mas não é somente culpa dele. Talvez seja da diretoria, omissa em algumas questões que todos dizem haver dentro do clube (panelinha é difícil de resolver, mas podemos sempre evitar). Talvez do treinador, que preferiu fazer vista grossa a alguns jogadores (que poderiam estar em melhor fase, mas sempre estão no banco); Dentinho e Bruno César; que desapareceram em momentos importantes (nem sei se a culpa pela fase é realmente de Bruno César). Enfim, uma soma de tudo que poderia dar errado.
E estou quase satisfeito: o grupo de fases iria dar uma esperança maior aos torcedores, mas não iríamos passar diz a lógica.
Assim, com mais uma derrota feia, vexatória e matéria-prima para milhares de comentários de torcedores adversários; o Corinthians vai se movendo em passos lentos, como elefante. Ninguém ignora o time alvinegro, mesmo quando está bem por baixo; bem derrotado; bem mal em tudo. Não quero ser o gato preto, mas se não tomarmos cuidado, perdemos o estádio também. Bato na madeira três vezes: é a coisa mais importante para mim, como torcedor, até mais do que a Libertadores.
Que sonhem com aquilo que acham merecer! Eu quero merecer uma história maior do que um título. Quero sonhar em me livrar do peso da verdadeira piada de um clube tão grandioso ainda não ter sua própria casa.
.
.
Obs.: Foto Terra: Deve estar sonhando com o Estádio também.
.
.
.
2 comentários:
O estádio talvez saia, mas, sinceramente não acredito que consigam inaugurá-lo em 2013, para a Copa das Confederações da Fifa. Verdade seja dita, começo a duvidar na própria realização da Copa do Mundo nos Estados Unidos do Ricardo Teixeira.
Concordo com as dolorosas, mas verdadeiras, palavras do nosso patativense Sérgio. O estádio é muito mais importante que um título... A propósito, com referência a imagem da moça pensativa... Gostei!
Postar um comentário