O ano acabou de forma melancólica para os palmeirenses. Tudo o que levava a crer que seria uma festa, acabou em mais um fiasco palestrino. E o termo "Pacaembuzaço" foi cunhado ontem: mais uma vez uma história que se repetiu, com um time com toda torcida a seu favor, clima de festa, precisando apenas do empate, sai ganhando e toma a virada no final. Aliás esta década não foi nada boa para o Verdão, a ponto de alguns sites exibirem os "tops 10" dos fracassos palmeirense ao longo deste período, aproveitando a repercussão do jogo de ontem obviamente.
Não assisti ao jogo. Aliás não assisti a nenhum jogo da Sulamericana. Já escrevi anteriormente o que penso sobre este torneio, ela é uma espécie de Conmebol melhorada, se é que dá pra definir assim. Mas em tempos de escassez de títulos como é o caso do Palmeiras, a conquista deste torneio até que poderia "salvar a década" para alguns ( não sei se isto vale para a maioria dos torcedores).
Também gostaria de falar um pouco sobre Felipão. Ninguém discute sua capacidade, seu carisma, o técnico mais copeiro do nosso futebol e aquele que todo clube gostaria de ter. Marcou história no Palmeiras com um título que os palestrinos esperavam desde 1960, a Taça Libertadores da América que veio em 1999. Depois, campeão da Copa do Mundo em 2002. E quando um técnico consegue este feito, fica num patamar acima dos outros técnicos mortais. Foi assim também com Parreira depois de 1994. O técnico ganha uma espécie de blindagem, mesmo após cometer insucessos, permanece inatingível na sua armadura.
E Felipão também possui esta blindagem pela conquista da Copa do Mundo e no Palmeiras, parece ser quase uma entidade pelo que conquistou no alviverde. E após o "Pacaembuzaço" de ontem, Luís Felipe Scollari parecia incólume de qualquer culpa no resultado, com uma aparência até que relativamente tranquila. E a culpa pela eliminação ficou com os jogadores, apesar do técnico ter assumido sua participação. Felipão saiu com sua blindagem intacta, e os jogadores, foram os maiores derrotados. E no caso de vitória ou título, o maior vitorioso seria o técnico Scollari por todos os fatores já mencionados. Não sei se isto teria influenciado na derrota ou se estou vendo pêlo em ovo.
Não sou palmeirense, portando, não sei se esta minha visão desprovida de paixão possa elucidar um pouco os palestrinos. A impressão que tive sobre o Palmeiras este ano, é que existe ou existiu três grupos distintos: a diretoria (que dá total respaldo ao técnico), os jogadores (que recebem as críticas), e o próprio Felipão (com sua intacta blindagem). Parece que não houve muita conexão entre ambos. Este último, até agora, não foi aquele "paizão" que sempre o caracterizou, pelo contrário; até relegou alguns de seus "filhos" pelas suas próprias críticas sobre o elenco deixando-as transparecer sem nenhum remorso ao público. E isto causa muito descontentamento, mesmo com toda sua "blindagem" de campeão mundial.
Talvez com um elenco melhor, ou com uma nova administração (deixo este assunto para os palestrinos) a estrela de Felipão volte a brilhar pelos lados do Parque Antártica e o clube volte a ter dias melhores.
2 comentários:
Sejamos justos: com esse ELENCO do Palmeiras, pode chamar Guus Riddink, Mourinho, Ferguson, treinador nenhum seria capaz de transformar 5 bons jogadores (mas sem nenhum gênio) e um monte de pernas de pau num clube campeão de nada que não seja a Segunda Divisão.
E digo mais: o Palmeiras não precisa "entregar" o jogo para o Fluminense nesse domingo. Com esses "jogadores" atuais, seja o time titular ou o reserva o Fluminense atropelará o meu sofrido e maltratado (pela diretoria) Palmeiras.
Na minha opnião não há o que discutir, o time é fraco, e ainda para ajudar o melhorzinho (Valdívia) se machucou, então... A maior culpada, com certeza, é a diretoria e sua falta de organização e planejamento.
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